sábado, dezembro 30, 2006

O meu "pedaço" de 2006 ...

Os dias sucederam-se a uma velocidade atroz e mais um ano chegou ao fim para dar lugar a um Novo Ano.
Mais uma vez me vejo naquele momento em que fazer uma meditação sobre o ano que finda se torna obrigatória e necessária. Se olhar para trás numa tentativa de fazer uma reflexão minuciosa, capaz de discernir pessoas de sentimentos e emoções, e avaliar cada momento vivido separadamente e todos os momentos como fazendo parte dum todo, avalio o ano que agora termina como, francamente, positivo.
Foi um ano de contemplação, de reflexão, de muito sofrimento e sobretudo uma tentativa incansável e incessante de solidificar e definir sentimentos e vontades. Hoje, após doze meses decorridos dum ano em que depositei toda a minha força e esperança, sinto-me mais “crescida”, mais ciente da pessoa que sou, que gosto de ser e que quero continuar a ser... Posso, sem sombra de dúvida, dizer que 2006 foi o ano que me acordou para a minha realidade...
Deste curto período de tempo a que definimos como um ano, surgiram, passaram e fizeram parte do meu dia-a-dia, da minha existência, pessoas muito importantes e que condicionaram o meu crescimento como ser humano... algumas nem sabem que o foram ou o são... outras a quem tive, talvez, a pouca sensatez e tacto, de dizer que eram efectivamente importantes para mim, simplesmente... “assustaram-se” e “fugiram”... lamento... por elas, não por mim... porque essas pessoas não se permitiram estreitar laços, vínculos humanos, não experimentaram o sabor de uma amizade desinteressada, pura... e eu, eu ganhei... ganhei porque não perdi... não perdi, porque mais uma vez fui fiel a mim mesma, aos meus sentimentos...
Eu sei que é fácil gostarem de mim, como também sei que é muito mais fácil odiarem-me, ignorarem-me até... sei que atraio pela força que dizem que emano, pela forte e vincada personalidade que também dizem que possuo mas, igualmente sei que essas “particularidades” que me definem, em determinadas situações, erguem uma barreira invisível ao meu redor e me afastam, principalmente das pessoas que muitas das vezes mais queria ao meu lado... este ano senti essa barreira erguida, lamentavelmente, algumas vezes...
Confesso que termino o ano com um ligeiro travo amargo... mas quero crer que seja do recheio de amêndoa amarga do bombom que, inadvertidamente, meti à boca neste preciso instante...
Mas, “Ano Novo, Vida Nova”... um novo ano se avizinha e o que mais desejo é, afinal, a continuação do que sou, do que construo para mim neste momento, ainda que consciente e antecipadamente saiba que passarei por mais alguns menos bons momentos... quero degustar todos os instantes que me pertencerem e sentir na pele o tempo a passar... desejo serenidade para aceitar as coisas que não poderei modificar, coragem e determinação para modificar aquelas que puder... e sabedoria para reconhecer a diferença entre uma e outra...

A vós, a todos os que fazem parte desta família... a família “Pedaços de Nós”, desejo que o Ano de 2007 vos brinde com muito Amor, Saúde e principalmente com muita Paz nos vossos corações.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A Musicalidade do Natal

Last Christmas
I gave you my heart
But the very next day
You gave it away
This year
To save me from tears
I'll give it to someone special


Estava eu a andar de carro hoje de manhã quando ouço este clássico e pensei: "É Natal...lá temos de levar outra vez com o Last Christmas". Mas depois aprofundei o pensamento, como sempre faço enquanto conduzo, e apercebi-me que a letra não tem absolutamente nada a ver com o Natal... tirando o título.
Pus-me de imediato a reflectir se tirando o título e o facto de esta música inundar as rádios por esta altura do ano haveria mais alguma razão para estar conotada como música natalicia...
Curioso... como todos os anos ouvimos um milhão de músicas natalícias na rádio. Uma banda pode não ter nenhuma música de jeito, mas se tem alguma que diga "Christmas", é certo e sabido que se torna num êxito radiofónico nesta época. Mas isto já nós sabíamos.
O que eu queria dizer vem a propósito do clássico "Last Christmas".

Last Christmas (Último Natal)

No último Natal
Eu dei-te o meu coração
Mas no dia seguinte, tu traiste-me
Este ano
Para me salvar das lágrimas
Eu vou dá-lo a alguém especial

Uma vez magoado, terei mais cuidado no futuro
Eu fico longe
Mas tu ainda chamas a minha atenção
Diz-me, querida
Reconheces-me?
Bem,
Já passou um ano
Não me surpreende
Eu embrulhei e enviei-te
Um bilhete escrito a dizer "Eu te amo"
A sério
Agora sei o quanto eu fui tolo
Mas se tu me beijasses agora,
Eu sei que me enganarias de novo

Um lugar cheio
Amigos com os olhos cansados
Eu estou a esconder-me de ti
E da tua alma gelada
Meu Deus, eu pensei que tu fosses
Uma pessoa confiável
Eu?
Acho que podia ser um ombro para tu chorares

Talvez no ano que vem eu dê o meu coração para alguém
Eu o darei para alguém especial



No Natal do ano passado a rapariga a quem entregou o seu coração não correspondeu aos seus sentimentos. Mas este ano é que é, desta vez vai dá-lo a alguém especial!
Só que no ano seguinte lá vem outra vez com a mesma conversa... Será que não aprende que tem mesmo azar no amor?
Todos os anos aparece todo confiante do estilo "agora é que é!", só que depois no ano seguinte confessa que foi um balde de água fria...


Há gente que nunca muda!...
E eu sou um deles... um eterno apaixonado...

É Natal, um Tempo que deveria ser de Paz, de juntar os que mais amamos à nossa volta, de dar e receber carinho em forma de presentes embrulhados em papel de sonho, ou apenas em abraços feitos de alegria.
É tempo de emoção, de celebrar crenças, fé ou tão simplesmente a amizade.
Tempo de vos dizer como todos vocês que fazem parte desta família que é o "Pedaços de Nós" são importantes para mim, e que vos desejo a todos um Natal cheio de felicidade, e um Ano de 2007 melhor... muito melhor... muitíssimo melhor...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Palco da Vida

“Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que a sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz, é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas reflectir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus, cada manhã, pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter capacidade de dizer "eu te amo". É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz...
E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um obstáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de factores a demonstrarem o contrário.”

(Augusto Cury)

sexta-feira, dezembro 15, 2006

O melhor piropo!

Achei fantástico e quis partilhá-lo com vocês:

Já se sabe qual o piropo ganhador de 2006 (só do Norte...) que destronou o magnifico piropo de 2005:
"És como um helicóptero. Gira e boa"

O prémio de melhor piropo do ano 2006 vai então para:

"OLÁ MINHA ESTRELA! QUERES COMETA?"
Agradecimentos à comunidade trolheira de Portugal.
E mai nada...

terça-feira, dezembro 12, 2006

Tempo

Tempo...
Ás vezes um amigo
Companheiro
Cúmplice...
...quando parece abrandar o seu próprio tempo
no tempo das coisas boas...
...quando faz o tempo de um bom momento
parecer um tempo sem hora para acabar...
...quando me dá tempo para fazer de um instante
uma eternidade no tempo...
Outras vezes inimigo
Inconstante
Assustador...
...quando se prolonga num tempo
que ninguem sabe a que tempo vai dar...
...quando me arrasta por um tempo
sem dizer quanto tempo tem para durar...
...quando me deixa perdida algum tempo
de um tempo onde gostaria de estar...
E que Tempo é este?
Amigo?
Perdido?
Nosso?
Ou apenas meu?

sexta-feira, dezembro 01, 2006

O meu "Pedaço" # 12

Quando um homem ama uma mulher, parece que odeia todas as outras mulheres. Com as mulheres já não é bem assim. Vá lá alguém saber porquê. A indiferença parece que as atrai... desafia-as... diverte-as... sei lá... deve enfurecê-las pensar:
"Este gajo não quer nada de mim..."

"Não penses que sou um gajo como os outros" - disse eu a uma que só queria dormir comigo - "sem fazer nada" - como elas gostam de dizer. Como se dormir não fosse já gravíssimo!!!
Abri um livro, e comecei a ler... ela começou a rir-se... esticou o dedo do pé até tocar no meu pé, e respondeu...
"Eu sei... vi logo que eras um gajo diferente..."
Continuei a ler...
"Diz-me uma coisa bonita" - pediu ela
E eu disse...
"És a rapariga mais bonita que já vi..."
E ela perguntou...
"Quantas viste até hoje?"
E eu respondi...
"Contigo treze..."

Fodemos como doidos... mas eu queria ler!!!
Amei-a... depois tentei esquecer... e ela enrolou-se numa almofada e dormiu...
Agora o que me custa mais não é tanto lembrar-me desses momentos... é não os esquecer...
O que é que se faz com o que nos fica na cabeça, quando já não há nada a fazer?