terça-feira, setembro 25, 2007

Perdi-me

Fiz-me cúmplice do doce frio da espada que me encosta, a esta parede chamada vida.

Habituei o corpo ao fracasso, ao gosto ternurento do despreso.

Perdi-me nos caminhos do não… do talvez um dia. Escrevi com lágrimas e traições a infame estória de minha vida.

Perdi, chorei, sofri, deixei-me cair nos caminhos da descrença da pouca vontade de sorrir…

Perdi-me…

Mas não morri…

Ainda não morri…

domingo, setembro 23, 2007

De Visitante a Participante

O “Pedaços de Nós” fez 2 anos de existência, razão pela qual deixo os meus parabéns a todos vós. Não é fácil manter um espaço em que a diversidade de comunicação é grande. Assim sendo, se ainda existe é porque coabitam moderação e coesão dentro desta “família”.

Fui pois convidada pelo Art a fazer parte dela também. Aceitei com o maior carinho por várias razões.
A primeira, prende-se com o facto de o “conhecer” desde que iniciei a minha caminhada no mundo da blogosfera. Umas vezes com mais contacto, outras menos, mas são as circunstâncias de vida que nos levam a tal. O que interessa no entanto, é o facto de ainda permanecer o elo de ligação.
Em segundo lugar porque já vos leio há algum tempo, e sempre admirei o respeito que é dedicado às mais variadas posturas encontradas neste núcleo. Associo ainda a grande diversidade de informação, se assim o quisermos designar, proporcionadora de uma amplitude na qual pode haver identificação ou não. No entanto, tal como é salientado, a liberdade impera.

Pela minha parte, considero que embora seres sociais, somos acima de tudo unos. Logo, a resposta que cada um de nós dá a um mesmo estímulo tende a variar. E é desse grande leque de respostas que o conhecimento, a aprendizagem, a discussão salutar, podem aparecer com a consequente evolução, seja ela em termos latos ou restritos.
É portanto com esta forma de estar que deixarei aqui a minha contribuição para o crescimento desta família que, apesar de todas as vicissitudes, ainda se encontra reunida após 2 anos de vida.

A foto que usei neste post é o que considero a minha identificação no meio em que todos nós nos encontramos. É possível que já me tenham visto por aí…
O meu MUITO OBRIGADO a todos e um agradecimento especial ao Art.
Obrigado Art, pela oportunidade que me facultaste!

PS: Aparece como identificação as letras Alx. É somente a forma que usei para registo visto que o nome que utilizo é Alexandra.

terça-feira, setembro 18, 2007

2º Aniversário

Parabéns ao "Pedaços de Nós"

Parabéns a todos nós...



Porquê o Cubo Mágico?
Provavelmente porque representa um pouco de cada um de nós aqui no "Pedaços"...
Umas vezes com todas as nossas "cores" em sintonia... outras vezes com as "cores" completamente desligadas umas das outras...
O Cubo Mágico representa um pouco o que é viver... existir... um verdadeiro quebra-cabeças, em que tentamos arranjar maneira de encaixar de forma perfeita todos os pormenores e objectivos da nossa vida.
Na vida, como para resolver o Cubo Mágico, há que ter a capacidade de virar e revirar as peças até obtermos as suas seis faces cada uma com a sua cor. Mas para isso há que conhecer bem o cubo, afeiçoá-lo, alimentá-lo, e dar-lhe um pouco de colinho e carinho, porque os cubos são muito sensíveis, tal como a vida... tal como o "Pedaços de Nós".

sexta-feira, setembro 07, 2007

O Meu Olhar Sobre o Mundo

Óbidos é lindíssima, e o ambiente que a rodeia é deslumbrante.
Cercada por uma muralha espectacular permite-nos passear, e desfrutar da pousada que é divinal. Cada cantinho parece ter sido tirado de um quadro qualquer.
Vale a pena passar lá um fim-de-semana romântico.
Os seus restaurantes e demais lugares, como bares e casas típicas são um sítio óptimo para descansar, e para fugir ao stress citadino. Neste sentido, digo-vos que nem que seja por uma vez na vida vale a pena ir a Óbidos e apreciar o encanto deste lugar único.

Quando posso lá vou eu dar uma escapadela até este lindo lugar, porque pensar num fim-de-semana de pura descontracção e tranquilidade, é uma ideia inevitável... e possível de ser concretizada... é um sonho tornado realidade... para uma sempre necessária revitalização, rodeado de aromas e sabores especiais, entre uma Ginjinha e um Toupeiro, ao som de "Sometimes You Can't Make It On Your Own"...


Tough, you think you've got the stuff
You're telling me and anyone
You're hard enough

You don't have to put up a fight
You don't have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight

Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone

And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone
Sometimes you can't make it on your own

We fight all the time
You and I... that's alright
We're the same soul
I don't need... I don't need to hear you say
That if we weren't so alike
You'd like me a whole lot more

I know that we don't talk
I'm sick of it all
Can you hear me when I sing
You're the reason I sing
You're the reason why the opera is in me...

Where are we now?
I've got to let you know
A house still doesn't make a home
Don't leave me here alone...

fotografias: Å®t Øf £övë
música: "Sometimes You Can't Make It On Your Own"

quarta-feira, setembro 05, 2007

Poesia alentejana

Estava há pouco, fazia muito tempo, à volta do Abacate dos meus "Versos de afrudite" quando o meu amigo Cavaleiro da Costa (alentejano de gema e clara alfacinha) me brinda com a porra dum mail com poema que fala assim:

O CARACOLI...

Tava eu tirando moncos
lá da cana do nariz
enquanto fazia uma mija
assim tipo chafariz

Tinha a bexiga tã chêia
que fiquê lá uma hora
quando me assomê em volta
tinha ido tudo embora

Sacudi o coiso e tal
enquanto coçava a bilha
de tal manêra atascado
que o entalê na braguilha

tirê as botas do lodo
que fizera na mijada
sacudi tamém as calças
sempre com ela entalada

pedi ajuda à Ti micas
que cerca dali morava
mas depilou-me os tomates
a força com que a puxava

ensanguentado na pila
fui aos tombos pelo monti
vomitando quasi as tripas
nã sêi se queres que te conti

como comera dôs pães de quilo
e um garrafão p'a empurrare
na admira que tivesse
três horas a vomitare

Detê-me na palha fresca
para ver se descansava
enterrê-me logo em bosta
de uma vaca que passava

E foi assim que essa tarde
conheci um caracoli
os dois deitados na palha
c'os cornos a secare ao soli
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Comentário dele:
"QUANDO TIVER UM BLOG, VOU FAZER POESIA DENTRO DESTA LINHA DE PENSAMENTO. FAZ MAIS O MEU GÉNERO. (á poeta dum cabrão) !!!!
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Minha resposta:

Este fez-me chorare
de tanto já me rire
não me leve a male
mas vou imprimire

Nã diz quem foi autore
Mas escrebe dirêto
Talvez seja doutore
o sacana tem jêto

Poema desta natureza
não é uma brincadêra
Escreve com pena tesa
Não bateu na azinhêra