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segunda-feira, novembro 13, 2006

Procura-se um Amante

Muitas pessoas têm um amante, e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam. Geralmente são estas últimas que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insónia, apatia, pessimismo, crises de choro, ou as mais diversas dores.
Elas contam-me que as suas vidas correm de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar o tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente a perder a esperança. Antes de me contarem tudo isto, já tinham estado noutros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão"... além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, depois de as ouvir atentamente, eu digo-lhes que elas não precisam de nenhum anti-depressivo. Digo-lhes que o que elas precisam é de um Amante!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem o meu conselho. Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa destas ?!".
Há também as que, chocadas e escandalizadas, despedem-se e não voltam nunca mais. Às que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico-lhes o seguinte: Amante é "aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso pensamento antes de adormecermos, e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso Amante é o que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante no nosso parceiro, outras vezes, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no desporto, no trabalho, na necessidade de nos transcendermos espiritualmente, numa boa refeição, no estudo, ou no prazer obsessivo do nosso passatempo preferido...
Enfim, Amante é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir vivendo". E o que é "ir vivendo"?
"Ir vivendo" é ter medo de viver. É vigiar a forma como os outros vivem, é o deixarmo-nos dominar pela pressão, andar por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastarmo-nos do que é gratificante, observar decepcionados cada ruga nova que o espelho nos mostra, é aborrecermo-nos com o calor ou com o frio, com a humidade, com o sol ou com a chuva. "Ir vivendo" é adiar a possibilidade de viver o hoje, fingindo contentarmo-nos com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contentem com "ir vivendo". Procurem um amante, sejam também um amante e um protagonista da vossa vida...
Acreditem que o trágico não é morrer, porque afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver, por isso, e sem mais delongas, procurem um amante.
A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
"Para se estar satisfeito, activo, e sentirem-se jovens e felizes, é preciso namorar a vida".

Texto: Dr. Jorge Bucay
Livro: "Hay que buscarse un Amante"

sábado, outubro 28, 2006

Saudades

Um dia a maioria de nós vai seperar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, de tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, de angustia, das vésperas dos fins de semana, de finais de anos, enfim dum companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez nos continuemos a encontrar quem sabe... nos e-mails trocados. Os dias vão passar, meses, anos... até este contacto tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo.
Um dia os nossos filhos verão aquelas fotos e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos que eram nossos amigos e isso vai doer tanto... Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos da minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar e ouvir aquelas vozes novamente... de fazer promessas, de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante. Por fim cada um vai para seu lado para continuar a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo... por isso fica aqui um pedido desta vossa humilde amiga: "Não deixem que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades".
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que morressem todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos.

terça-feira, setembro 19, 2006

Eu aprendi

Eu aprendi
Que a melhor sala de aula do mundo está aos pés duma pessoa mais velha

Eu aprendi
Que ter uma criança adormecida nos meus braços, é um dos momentos mais pacificos do mundo

Eu aprendi
Que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espectacular

Eu aprendi
Que é o amor e não o tempo que cura todas as feridas

Eu aprendi
Que as oportunidades nunca se perdem, pois alguém vai aproveitar as que eu perdi

Eu aprendi
Que ser gentil é mais importante que estar certo

Eu aprendi
Que o dinheiro não compra a «classe»

Eu aprendi
Que ninguém é perfeito até que se apaixone por essa pessoa

Eu aprendi
Que deveria ter dito aos meus Pais o quanto os amava antes deles morrerem


Aprendam vocês também

domingo, abril 23, 2006

Cinderella

A todos que visitam o meu blog quero pedir desculpa por esta longa ausência, não se deve a desinteresse ou desrespeito por todos vocês, mas sim a um contratempo como por vezes acontece a qualquer um no percurso de nossas vidas. O meu computador avariou. Este fim de semana emprestaram-me um e eu de imediato vim dar-vos a explicação devida. E além disso também já tinha saudades de deixar aqui um pouquinho de mim. Mas o pior é que nem sei que escreva. Por vezes o nosso coração está cansado, ou por tudo que sofreu durante uma vida ou porque foi magoado por alguém a que amamos, e quando isso acontece a imaginação começa a falhar.
Philip Larkin, que era um poeta pessimista, disse que a unica coisa que ia sobreviver a nós era o amor. Vive-se sem paixão, sem correspondência, sem resposta. Passa-se sem um amante, sem uma casa, sem uma cama... mas sem um amor não vive ninguém. O amor é o que fica quando um coração está cansado ou mesmo ferido.
Posso dizer uma verdade? A minha maior qualidade é o meu amor pela minha familia e pelos meus amigos e pelos meus antepassados que me ensinaram amar assim.

segunda-feira, março 06, 2006

Mulheres frágeis

É sempre o contrário... Ah, como é boa a vida das mulheres frágeis. Elas têm sempre alguém que cuide delas, em todos os sentidos. As fortes fazem tudo sozinhas e são sempre chamadas nas horas de aperto. Elas aguentam qualquer coisa e são tão fortes que se metem até onde não são chamadas, para ajudar a resolver os problemas dos outros. É dura a vida das fortes. Elas não são poupadas em nada. Se alguém está com uma doença grave, são as primeiras a saber, se a namorada do sobrinho ficou grávida, são logo avisadas, e quando alguém da família é preso, são imediatamente chamadas para tomar todas as providências - entre elas, pagar ao advogado. Enquanto isso, os pais desses jovens adoráveis estão a beber uma vodka à beira da piscina sem saber de nada - eles não aguentariam um choque desses e precisam de ser poupados, já que são frágeis.
Existe sempre alguém para velar pelas frágeis, seja um parente, um amigo, até um vizinho, que bate à porta, preocupado com o silêncio, para saber se é preciso alguma coisa. Uma mulher frágil é mais frágil que um recém-nascido, e como os homens adoram o papel de protectores - para se sentirem fortes e poderosos - é a união perfeita da fome com a vontade de comer. Quando elas ficam doentes, um verdadeiro exército é mobilizado, um leva revistas, o outro um embrulhinho com umas frutas, e se ela não tem empregada, não falta quem vá para a cozinha fazer uma canjinha.
Prestem atenção: as mulheres frágeis são indestrutíveis. Já as fortes, na hora de uma crise de coluna, arrastam-se até ao frigorifico para tomar um copo de água e alimentam-se o fim de semana inteiro com um chocolate, porque ninguém imagina que elas possam precisar de alguma coisa (culpa delas, que preferem morrer de inanição a pedir socorro, para não cair do cavalo).
A minha dúvida é: uma mulher frágil nasce frágil ou escolhe essa forma de ser para se dar bem na vida? Elas encontram sempre um homem para cuidar delas, para as acarinhar e tomar conta para que nada as atinja, nunca. Enquanto isso, as fortes acabam de trabalhar e são elas que saem dos supermercados com sacos de compras sem que ninguém se proponha a dar uma ajuda, mesmo que modesta.
Somos todos estimulados a ser fortes, mas boa vida mesmo levam as frágeis, daí a dúvida: não seria melhor que as crianças fossem ensinadas - sobretudo as meninas - a serem frágeis, porque sempre haverá alguém para resolver os seus problemas? E aliás, qual é a vantagem de se ser forte, além de ouvir dizer que um dia alguém se referiu a ela dizendo "aquela é uma mulher forte". Um grande elogio, é verdade. Mas e daí?
Toda mulher forte tem desejos secretos que não conta nem à sua almofada: que alguém - nem é preciso que seja um homem - faça, um dia, um gesto por ela. Nada de muito importante, apenas um cuidado, dizer que está um pouco pálida, perguntar se se tem alimentado bem, agarrar pelo braço e levar para tomar um sumo. Sabem qual é o sonho secreto de uma mulher forte? Ter uma gripe com 38º de febre e poder ficar na cama, sabendo que alguém vai cuidar dela. Mas isso é difícil, porque uma mulher forte não adoece, e se isso acontecer, o mais difícil vai ser receber ajuda. Uma mulher forte não deixa que ninguém faça nada por ela, mesmo que precise desesperadamente, e é capaz de se deixar morrer de tristeza, solidão e sofrimento, a pedir socorro, seja a quem for. Como são frágeis, as fortes.

Danuza Leão

domingo, fevereiro 05, 2006

Pedaços de nós - Amigos Virtuais

Hoje já não nos conhecemos. Hoje já não vemos os nossos amigos. Hoje somos seres da internet, somos cidadãos do Mundo.
Amamos desconhecidos, somos palavras trocadas por um fio. Temos amigos, temos amor, temos a distância como amiga, o monitor como rosto e o teclado como voz. Somos internautas. Invisíveis, etéreos e sonhadores.
Somos anjos, somos monstros, somos tudo que queremos ser. Amamos, brincamos e zangamo-nos sem nunca nos tocarmos, somos amigos virtuais. Vamos a outros lares, sem invadir as casas. Somos amigos, somos amados! Somos o ombro amigo, somos a mão que ajuda e o teclado que ampara.
Temos amigos espalhados pelo Mundo, porque todos nos encontramos na mesma esquina.
Mas acima de tudo...
SOMOS CORAÇÕES, NÃO SOMOS MÁQUINAS, SOMOS E SEMPRE SEREMOS GENTE!!!

domingo, janeiro 29, 2006

Momentos

Há momentos na nossa vida em que o nosso olhar se perde no vazio, à procura do horizonte, do infinito...
Momentos calados, discretos, alegres ou tristes...
Discretos, tirados do fundo do coração, e transportados para o fundo dos nossos pensamentos....
Momentos escondidos que não se querem contar e não se querem pensar...
Momentos que gostariamos de viver mil vezes...
Mas quando todos esses momentos forem passados, ficarão para sempre nestes meus versos lembrados.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Globalização

Pergunta: Qual é a mais correta definição de Globalização?
Resposta: Morte da Princesa Diana.
Pergunta: Porquê?
Resposta: Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês ,conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico americano, que usou medicamentos brasileiros. E isto é enviado para ti por um português, que usa tecnologia americana (Bill Gates) e, provavelmente, tu estás a ler isto num computador genérico que usa chips feitos em Taiwan, e num monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em caminhões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, re-empacotados por mexicanos e, finalmente, que te foi vendido por judeus, através de uma conexão paraguaia. Isto é, caros amigos, GLOBALIZAÇÃO!!!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Deixa aflorar a tua doçura

Às vezes, pergunto-me porque é tão difícil ser transparente...
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que sentimos...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde.
Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco.
Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...
Preferimos perder-nos numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo!!!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção.
E assim, vamo-nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos...
Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, o nosso amor mais intenso e não-contaminado...
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro faz-nos perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar... doçura, compaixão... a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos.
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "tu estás a magoar-me... podes parar, por favor!".
Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro.
Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor...
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura.
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis...
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto... Que consigamos docemente viver... sentir... amar...
E que o nosso viver seja todo coração, muito mais sentimento, inundado de um amor transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar...

Rosana Braga
Jornalista, escritora, coordenadora de projetos editoriais e consultora em comportamento humano.

domingo, janeiro 08, 2006

FELIZ 2006

Entrou um Novo Ano. Com ele podemos mudar nossos objectivos, nossos sonhos, nossos desejos, podemos até mudar de amores, mas nunca mudamos de amigos.
Bom Ano para todos os perticipantes deste pedaços de nós.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Feliz Natal !

Para todos vocês que fazem parte deste "Pedaço de Nós" quero desejar um Bom Natal.
Espero que passem uma noite de consoada muito feliz rodeados das pessoas que mais gostam: a nossa familia.
Sei que muitos de nós teremos alguns momentos de saudade recordando quem já partiu para sempre. Mas também teremos crianças delirando com os presentes do Pai Natal e isso trará toda a alegria a nossos corações. Aliás todos nós temos um pouco de crianças ao abrirmos os nossos presentes.
Também vos vou deixar aqui o meu presente...
«SEJAM FELIZES»

Um beijo para todos.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Atalhos

Quanto tempo perdemos na vida?
Se somarmos todos os minutos deitados fora, perdemos anos inteiros. Sim, depois de nascer, nós demoramos para falar, demoramos para caminhar...
E aí, mais tarde, demora para entendermos certas coisas.
Demoramos, também, para darmos o braço a torcer.
Viramos adolescentes (aborrecentes) teimosos e dramáticos.
E levamos um século para aceitar o fim de uma relação.
E outro século para abrir a guarda para um novo amor.
Quando, já adultos, demoramos para dizer a alguém o que sentimos.
Demoramos para perdoar um amigo.
E demoramos para tomar uma decisão.
Até que um dia fazemos aniversário - 37 ou 41 anos - talvez 50 e tal....
Uma idade qualquer que esteja no meio do trajecto.
E só aí nós descobrimos que o nosso tempo não pode continuar a ser desperdiçado.
Fazendo uma analogia com o futebol, é como se nós estivessemos com o jogo empatado no segundo tempo, e ainda nos dessemos ao luxo de atrasar a bola para o guarda-redes. Ou fazermos tabelas desnecessárias... quanto esbanjamento.
E esquecemos que não falta muito para o jogo acabar...
Sim, é preciso encontrar logo o caminho do golo. Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso.
Pois tudo o que nós queremos, depois de uma certa idade, é ir direito ao assunto.
Exceptuando-se o sexo, onde a rapidez não é louvada, para tudo o resto é melhor atalhar.
E isso nós só alcançámos com alguma vivência e maturidade. Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando. Não esperam sentadas, não ficam a dar voltas e voltas.
E não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta?
Não é obrigatório conviver com ela.
Estão-vos a enrolar muito?
Beija-o primeiro, vê se ele realmente interessa, e transmite algum sentimento.
A resposta do emprego ainda não veio?
Procura outro enquanto esperas.
Paciência só para o que importa de verdade.
Paciência para ver a tarde cair.
Paciência para degustar um cálice de vinho.
Paciência para a música e para os livros.
Paciência para ouvir um amigo.
Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Para enrolação, um atalho.
O maior possível.

domingo, novembro 13, 2005

Elo


Amor, querido amor
Tantos anos passados
Tantos que nossas faces já mudaram

Tantas noites passamos juntos
Carícias e afagos
Tantos beijos já trocados

Amor, querido amor
Tantos filhos já gerados
Tantas alegrias compartilhadas...

Tantas pedras encontradas
Tantas angústias divididas
E lágrimas derramadas

Amor, querido amor
Já não somos mais amantes
Daqueles que o fogo sentem na espinha

Tantos momentos juntos
Fizeram-nos Irmãos inseparáveis
Almas unidas
O melhor Amigo que tantos procuram ter

Somos um elo para todo o sempre
E sabemos nós, que isso é Amor
O Amor que construímos


Será que ainda existem amores a durar uma vida inteira?
No tempo de meus Pais, existia. Eles foram o casal de velhinhos mais bonito que conheci.

domingo, novembro 06, 2005

Relacionamentos

Quando uma relação termina perguntámo-nos porque é que não resultou. Talvez não seja essa a pergunta certa. Será que sabemos realmente o que estamos à procura, ou simplesmente continuamos a repetir os mesmos erros à espera de um resultado diferente?
Procuramos coisas o tempo todo, principalmente a felicidade, mas muitas vezes esquecemo-nos que os outros também querem ser felizes. E o que nos faz tão especiais, a ponto de pensarmos que lá fora, nesse mundo imenso há alguém que tem a obrigação de nos fazer feliz?
Então vejamos: uma relação a dois deveria ser baseada na troca. Portanto, em vez de esperarmos que outro nos faça feliz, nós devíamos analisar como estamos internamente, se temos o suficiente para nós e para uma eventual troca. De outra forma seria o mesmo que investir numa viagem à China, por exemplo, e esperar alcançar o destino final, sem qualquer tipo de indicação ou transporte adequado.
Talvez devessemos dedicar um pouco mais de tempo a olhar bem para aquele(a) que escolhemos. Beijos e o que mais se segue num namoro, são sensações muito boas, mas podem terminar num gosto amargo.
Que tal fazer uma lista daquilo que esperamos de um relacionamento comparando com o que temos para dar e depois estudar cada item e perguntarmo-nos se as nossas expectativas são realistas, ou se simplesmente queremos viver um sonho? Num sonho, enquanto estamos a dormir, até mesmo o impossível parece ser viável, mas quando acordamos, temos as mãos completamente vazias.
Não existe acto sem consequência, ainda que esse resultado possa demorar a aparecer. Muitas vezes, investimos em relações à beira do impossível, como por exemplo, com alguém casado. Se essa pessoa está a enganar outra, o que nos leva a pensar que não nos enganaria também? É um facto que os casamentos acabam, mas pessoas que estão à procura de alguém antes de terminar uma relação, devem ser observadas bem de perto e com cuidado. A felicidade a dois quando construída sobre a infelicidade alheia certamente não vai trazer bons resultados.
Outras vezes entramos de cabeça num relacionamento, onde o outro é muito diferente de nós e achamos que em algum momento, com o tempo, vamos poder fazer com que mude de ideias, e dessa forma começamos um relacionamento competitivo, onde alguém sempre precisa de ter razão.
Existe muitas vezes a necessidade de agradar o outro a qualquer preço, manter uma relação a qualquer preço. Provavelmente o preço a pagar vai ser alto, muito mais do que se pode pagar, porque abrir mão de tudo por alguém é em última instância abrir mão de si mesma.
Talvez da próxima vez quando aparecer um possível pretendente não se deva ir com tanta "sede ao pote", porque no fim de contas, aquilo que está reservado para cada um de nós, não é de mais ninguém, senão nosso. Sejam más ou boas experiências, elas são fruto daquilo que plantamos, portanto é bom observar desde o início que escolhas fazemos, porque é delas, e só delas, que vão aparecer os resultados que tanto esperamos, e naturalmente em qualquer situação temos sempre alternativas.

domingo, outubro 02, 2005

O amor puro

O que eu quero fazer é o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossivel, já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje em dia as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão mesmo ali lado a lado, porque se sentem atraídos virtualmente, porque se dão bem e não se chateiam muito. O amor passou a ser passível de ser combinado.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim?
O amor é uma coisa, a vida é outra. Por vezes a vida mata o amor.
O amor puro é amar e não se ter, querer e não guardar esperanças, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado do que quem vive feliz. Não se pode ceder, não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor puro pode durar uma vida inteira, e valê-la também.

domingo, setembro 18, 2005

Um Pedaço de mim

Obrigada pelo convite. Acho que tiveste uma óptima ideia em arranjares um «cantinho» onde todos os teus verdadeiros amigos possam participar. Aqui todos poderemos contribuir deixando um pedaço de nós. Hoje apenas vou deixar aqui um pedacinho de mim. Sou mulher, mãe e avó. Sou realista e ainda romantica. Aprecio a lealdade .