sexta-feira, novembro 30, 2007

Para todos os que estão apaixonados


quarta-feira, novembro 28, 2007

Há coisas fantásticas na Madeira!

Há alguns dias, Art of Love fez publicidade aos Açores. "Vingo-me" com duas fotos que tirei nas minhas férias na Madeira, num passeio pela levada rumo às 25 Fontes:



terça-feira, novembro 27, 2007

Like a desire to live

“Há muitos, muitos séculos atrás, vivia no cume da montanha um animal chamado Zilpe. Tinha tudo que precisava: água, comida, uma soberba paisagem envolvente e uma casa enorme, belissimamente decorada.

Zilpe passava os dias sem nada fazer. Tudo surgia nas suas mãos como um passo de magia que o entediava.
...
Há muitos, muitos séculos atrás, vivia no vale da montanha um animalzito chamado Alipe. Não tinha uma perna, faltava-lhe uma mão, vivia numa toca.

Alipe passava os dias admirando enfeitiçado, a queda-livre das folhas secas com que se alimentava, enquanto ouvia atento a melodia da água corrente do rio.
...
Vilpe vivia melancólicamente, entre o cume e o vale da montanha, invejando o mágico tédio de Zilpe e cobiçando o feitiço de Alipe.
...
Nilpe apenas queria ser um deles! Não importa qual! Um qualquer! Desde que pudesse viver! No cume, no vale, ou entre o cume e o vale da montanha...”

E eu... só queria saber explicar-te...

segunda-feira, novembro 26, 2007

O meu "Pedaço" # 16

Os hotéis fascinam-me por uma variedade de razões. Os hotéis são espaços de uma incrível intimidade, feitos para pessoas anónimas. Os quartos de hotel servem para dormir... gritar... tomar banho... ter sexo... começar relacionamentos... terminar relacionamentos...

No entanto cada vez que entramos num quarto de hotel sentimo-nos como se fossemos a primeira pessoa a lá estar, e não gostamos de encontrar qualquer vestígio de quem lá tenha estado instalado anteriormente. Parece que nos esquecemos que eles são limpos, e renovados cada 24 horas. Fascina-me como nós nos incorporamos num quarto de hotel, e como este se transforma no nosso refúgio.
Cada 24 horas num hotel funciona como se fosse uma vida, com princípio, meio, e fim. Fazemos de cada 24 horas o nosso percurso biológico de vida, o que de certa maneira é similar à nossa condição humana.

Enquanto estamos vivos, nós amamos... gritamos... rimos... dormimos... temos sexo... e por fim morremos. O mundo é limpo da nossa presença, o que na minha perspectiva faz com que o nosso tempo biológico seja breve... muito breve.
É como nos hotéis, em que tudo é relativo, breve, especifico... dura apenas 24 horas cada ciclo.

Os quartos de hotel, assim como os lobbies, os aeroportos, ou os edifícios de escritórios, são lugares feitos de neutralidade, e eu espero, e desejo não passar pela vida com a neutralidade com que sou capaz de passar por um lugar destes.
Quero passar pela vida deixando registros e mim... humanos... e emocionais, porque quer eu goste ou não, sou humano, por muito que às vezes pense, e tente ser um robô.

Será esta comparação demasiado excessiva?
Será que eu estou a desejar demasiado?

domingo, novembro 25, 2007

Coisas que eu sei...

Nos meus tempos de ócio, confesso que um dos meus passatempos favoritos é ver a telenovela... acreditem que esta é uma forma de deixar que o meu espirito vagueie pelo simples facto de estar a olhar para a televisão simplesmente pelo prazer de não pensar em nada e estar no meu canto... e como tal , a novela a que agora assisto, dá pelo nome de "Duas Caras", e para não variar chamou a minha atenção para a música que junto deixo a letra...

Coisas Que Eu Sei - Danni Carlos

Eu quero ficar perto de tudo que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
O meu conhecimento é minha distração

Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio mostra o tempo errado
Aperte o 'Play'

Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista, não aceito turistas
Meu mundo 'tá' fechado pra visitação

Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa
É minha lei

Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais, depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei

Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar
Eu já comprei

Às vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo mais afundo em mim
Eu moro num cenário do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando 'tô' a fim

Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia
Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia

Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei

sábado, novembro 24, 2007

Partir


Por vezes, numa paragem qualquer, apetece-me partir e levar a saudade comigo. A saudade da paixão, dum colega, dum amigo e dum irmão. Teimo em ver raízes na terra solta onde só o cimento se funde. Confundem-me as luzes que ocultam as verdadeiras cores dos rostos e dos edifícios. Construímos paredes tão altas que apenas nos deixam ver a nossa própria sombra. Os que ficaram do nosso lado, por vezes, ignoramos e aos outros jamais esquecemos. Somos injustos.
Vejo, por mim e por outros que conheço, que gerimos mal: o tempo, os sentimentos e as relações. Somos tão obtusos. Não atingimos que, numa relação plena, devíamos optar por assumir uma atítude inversa e oposta à que adoptamos (alguns!) na condução: ignorar sinais e avisos e demorar o máximo de tempo a percorrer o caminho nos limites máximos da (nossa) velocidade. Confuso? Não! Sugestão: fazer marcha a trás, acender as luzes e voltar a engatar.
Acordo a meio da noite com ganas de sair e enfrentar a escuridão para melhor ver e entender o mundo. A luz ofusca e abafa, só o silêncio ilumina.
Que nos impede, num impulso impetuoso, de beijar e abraçar quem realmente nos agita, arrebate, confunde e baralha as horas e os dias?
Não é um lamento, apenas um momento em que sou, simultaneamente, juiz, réu e vítima de mim.

domingo, novembro 18, 2007

Os benefícios do leite...


sábado, novembro 17, 2007

A Estranha em Mim

Um filme que nos põe ao espelho de nós mesmos, daquilo que somos, do que ignoramos ser. Do estranho que mora dentro de cada um.
Os medos, as inseguranças, as fugas em frente, os ímpetos de coragem.
Nós e o mundo. A sociedade. O crime. As seguranças e inseguranças. A justiça e a injustiça.
Vale a pena ver. E olhar para o que está mais além.

quarta-feira, novembro 14, 2007

O Meu Olhar Sobre o Mundo

Os Açores deixa-nos a sensação brutal de deturpação dos sentidos.
Olhando para o horizonte, e para o céu muitas vezes marcado pelas nuvens pesadas, a primeira sensação com que se fica é de ausência, mas simultaneamente sentimos a possibilidade de encontrar ali um qualquer chamamento.

É quase impossível perceber o que provoca em nós um misto de nostalgia e irresistibilidade que nos deixa sem palavras. Não estou a falar da magnificência da paisagem, das cores, ou do bombardeamento dos sentidos.

Bem pelo contrário, porque as paisagens são relativamente monótonas, marcadas pelo verde e pelo castanho, às quais se juntam as variações que se extremam entre o amarelo e o cinzento, quase sempre marcadas pelo intenso filtro solar de luz a que as nuvens obrigam.

Se há coisas que se explicam melhor com os silêncios do que com as palavras, os Açores são um bom exemplo disso...

fotografias: Å®t Øf £övë
música: "Alma Mater"

terça-feira, novembro 13, 2007

Início de caminhada

Com esta caricatura, que encontrei algures, dou início à minha participação com uma pequena peça neste puzzle chamado "Pedaços de Nós"....

sexta-feira, novembro 09, 2007

Talvez... um dia...

Talvez... um dia...
Eu consiga deixar de amar.
Talvez... um dia...
Ao acordar, ao ver o nascer do dia,
Eu perceba que já nada aqui faço
Que já de nada quero saber
Que de ninguém preciso...

Talvez... um dia...
Só em mim eu consiga pensar,
Ser egoísta...
Como já tantas vezes me acusaram de ser
E aí...
Eu das pessoas me consiga desligar
Porque das coisas... eu já não preciso.

Nesse dia...
Se algum dia chegar...
Eu partirei... sem dor
Pois nada sentirei
Fria... gélida... serei
Sem amor...
Sem família...
Sem amigos...
Só eu... mais ninguém...

A partir desse dia...
Pelo mundo vaguearei
A relações fugazes me entregarei
Não me importando com sentimentos
Se magoo... se me magoarei...

Talvez... um dia...
Eu consiga ser
Narcisista, fria, calculista
De tal modo... a tal ponto...
Que a toda a dor resista
Que já nada me atinja.

Nesse dia...
Se algum dia chegar...
Serei, com toda a certeza... mais pobre...
Uma simples pedra com "vida"
Mas, não mais
Desiludida...
Mas, não mais
Ferida...
Mas, não mais
Culpada...
Pois deixarei de acreditar...
Na magia
No romantismo
Na cumplicidade
No amor
Na felicidade
Pois deixarei de acreditar... na VIDA.

Finalmente... um dia...
Talvez... nesse dia...
Eu me sinta em paz
Ao sanar-me... devolva a felicidade à vossa vida
E sinta que voltei a fazer a diferença pela positiva...


Por enquanto...
Enquanto esse dia não chega
Vou tentando perceber...
Como?????
Quando?????
Passei de bestial a besta...

quarta-feira, novembro 07, 2007

Estado de espírito

As criticas não me abalam
Os elogios não me iludem
Sou o que sou e não o que dizem
Vivo o presente
Temo o futuro e foda-se para o passado!

terça-feira, novembro 06, 2007

Ficar por cima

Tenho um grupo de amigas, com as quais costumo jantar uma vez por semana em que quase falamos tanto quanto bebemos. À quarta caipirinha já a conversa ronda o sexo...
Desta última vez dizia-lhes que quando não estou apaixonada por ninguém, costumo gostar de vários gajos ao mesmo tempo, com os quais brinco ao gato e ao rato, sempre que se aproximam de mim. Durmo com um ou outro que vagamente me interessa, até me cansar deles, e que na verdade não tenho pena de ter o coração fechado, porque é muito mais fácil viver assim. De vez em quando abro um pequeno compartimento e alguém entra, mas a verdade é que não fica muito tempo, e ultimamente tenho sofrido na pele a fuga de muitos deles.

Falava-lhes destas minhas dúvidas quanto às razões de fuga de tantos homens, quando uma delas me interrompe para dizer que se calhar o meu problema era o mesmo que o dela... que era o facto de no sexo ela gostar sempre de ficar por cima, e eu baralhada com a falta de novidade, respondo-lhe:
- Sim, é verdade que eu também gosto, e...?
Ela responde-me que normalmente os homens acham que as mulheres que gostam muito de ficar por cima são umas malucas, que não servem para casar, nem para mães dos filhos deles.

Fiquei a achar que tinha encontrado ali a resposta para alguns abandonos súbitos que tenho sentido nos últimos tempos, mas independentemente de ser ou não essa a razão, tenho que admitir que há mulheres que vieram ao mundo, não para serem mães dos filhos de ninguém, mas apenas para receber e dar prazer aos homens, e eu tenho que admitir que me enquadro e revejo dentro deste grupo, mas também concluí que não há nada como nos aceitarmos como somos, porque não deve haver nada que faça alguém mais infeliz do que querer parecer aquilo que não é.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Um pedaço de mim

Quem me conhece, sabe que eu vivo de música, encontro sempre lá o que quero dizer, o que estou a sentir, o que estou a pensar, sem que para isso utilize as minhas próprias palavras... no fundo sirvo-me da música como um veículo para transportar tudo aquilo que me vai na alma... Por isso não há dia que não descubra uma música diferente, apenas pelo simples facto de em determinda parte da canção, a letra ter qualquer coisa que me diga algo.

Por isso hoje apenas deixo aqui uma novidade, pra quem não saiba, existe uma nova música "Não olhes para trás" cantada pelo TT e pelo Nuno Guerreiro. Para quem não conheça, o TT é a grande revelação do R&B nacional deste ano. Podem dizer o que quiserem da letra... que é cliché, que não tem conteúdo... mas muita gente critica só porque é em português. Se isto fosse escrito em inglês a maioria do pessoal nem dizia nada. No entanto ouçam aquele instrumental!! Ouçam aquelas vozes... o coro por trás... a harmonia que há entre os dois. Nota-se que houve muito trabalho de estúdio mas as vozes são excelentes só por si. É uma das melhores músicas deste ano e não estou a falar só do mercado musical português...


À noite saio p'ra pensar em ti
Percorro o caminho das estrelas jornada sem fim
Oiço o silêncio que me escuta ao passar
Vejo-te na lua não consigo te alcançar
Espero que a noite te traga a mim, faça com que o mundo me leve a ti
Espero que saibas... do que és capaz
Anda vem comigo
Não olhes para trás
Peço-te que pares , vem comigo, eu sou teu amigo
Eu contigo sou capaz de ver o infinito
Sou capaz de ver que tudo pode ser melhor
Dá-me o toque, dá-me um beijo, dá-me o teu amor
Viajo ao som da tua voz, até sem te ouvir falar
Encontro a nota certa só contigo sei tocar
Tu és a pauta que eu quero ter para mim
Princesa tu és tudo aquilo que eu sempre quis
Espero que a noite te traga a mim, faça com que o mundo me leve a ti
Espero que saibas do que és capaz
Anda vem comigo
Não olhes para trás
Peço-te que pares , vem comigo, eu sou teu amigo
Eu contigo sou capaz de ver o infinito
Sou capaz de ver que tudo pode ser melhor
Dá-me o toque, dá-me um beijo, dá-me o teu amor
Dá-me o teu amor, o teu sabor
Vem ao pé de mim, dá-me o teu calor
Não tenhas medo de apostar em mim
Acredita que ás vezes acabamos assim
Não sabes se vale a pena apostar ou não
Aposta na razão, ouve o teu coração
Anda
Anda, vem gostar de mim
Anda vem gostar de mim
Anda vem gostar de mim
Peço-te que pares , vem comigo, eu sou teu amigo
Eu contigo sou capaz de ver o infinito
Sou capaz de ver que tudo pode ser melhor
Dá-me o toque, dá-me um beijo, dá-me o teu amor
Não olhes para trás

domingo, novembro 04, 2007

Ausências...


Ao som da água dispersa, caminhando no local onde queria e simultaneamente tinha medo de ir, tornou-se compreensível a ideia transmitida através de uma imagem deixada por alguém… aquela era mesmo uma porta para o céu!
Olhando para a realidade, as lembranças e pensamentos emergiam como cascatas. Percebi naquele instante, olhando para aquela imagem antes vista por fotografia, pisando o mesmo chão que antes havia sido percorrido por outrem, sentindo na tão grande ausência, o quanto de verdadeiro me haviam dito: “ A morte leva-nos um amigo e dizem que a vida continua. Continua uma treta! Parou, ali mesmo naquele instante. O que nos aproximava daquela pessoa deixou de existir a partir do momento do seu desaparecimento. Os pontos de conexão quebraram-se. Com quem vamos falar/discutir sobre os assuntos que nos uniam? Com ninguém! Aquela comunicação acabou ali!”
Esse alguém deixou, sem o saber, palavras inesquecíveis - "Don’t Worry, Be Happy"!
No entanto, apesar de querer acreditar nelas, o vazio permanece...