sexta-feira, dezembro 30, 2005

Receita de Ano Novo

Tanto já foi dito e desejado para o Novo Ano!
Não encontro mais palavras que possam transmitir tudo quanto anseio…
Encontrei neste belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade, os termos precisos, a definição exacta do meu sentir!

Feliz Ano Novo
Este é o meu desejo para todos vós.
“Obriguem-se” a serem felizes!
Apimentai todos os dias das vossas vidas com humor e Adoçai-os com Amor!
Abri a porta de 2006 com a chave do coração e um sorriso nos lábios!


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ver,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra
birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta ou recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre
.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Ano Novo

Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puderem ser o maquinista, sejam o seu mais divertido passageiro.
Procurem um lugar próximo à janela desfrutem cada uma das paisagens que o tempo vos oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assustem com os abismos, nem com as curvas que não vos deixem ver os caminhos que estão por vir.
Procurem curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
Desdobrem o mapa e planejem roteiros.
Prestem atenção em cada ponto de parada, e fiquem atentos ao apito da partida.
E quando decidirem descer na estação onde a esperança vos acenou, não hesitem.
Desembarquem nela os vossos sonhos...
Desejo que a vossa viagem pelos dias desse novo ano seja de PRIMEIRA CLASSE

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Adeus 2005

É tempo de parar e reflectir, não por ser Natal mas sim porque, tal como num ciclo, mais uma vez chegamos ao fim de um ano e como diz aquela velha frase feita "Ano Novo, Vida Nova", é altura de pensar em tudo o que fizemos, não fizemos ou gostaríamos de ter feito e não pudemos fazer...
É altura de lembrarmos ou esquecermos o ano que agora está a terminar e procurar que o próximo ano seja sempre melhor. Para nós e para os outros que amamos.
É verdade que nem sempre temos possibilidade de "influenciar" o que nos acontece, há mil e uma probabilidades de nos acontecerem coisas que não queremos, mas mesmo assim, há sempre a possibilidade de lidarmos com elas de forma diferente, sem deixarmos que os infortúnios e as "desgraças" comandem a nossa vida.
O meu ano de 2005 não foi nada agradável... começou mal, continuou pior e por enquanto não vejo muitas melhoras em relação a todas as coisas que foram acontecendo (acidentes, acidentes e mais acidentes) e que por não dependerem de mim continuam sem solução à vista..., de qualquer modo o meu sorriso, um dia mais sincero outro mais amarelo, permanece. Não o deixarei nunca de mostrar a todos os que o merecem e que sempre estão comigo quando preciso deles.
Isto para dizer que não podemos nunca deixar que as "desgraças" que nos acontecem nos controlem, sob pena de nunca mais conseguirmos ter mão sobre nós próprios.
Que o ano de 2006 vos traga a todos o que mais desejam.
A todos vós desejo o dobro do que me desejam a mim.
Feliz 2006!

domingo, dezembro 25, 2005

"Tela do Pedaços de Nós"

Por iniciativa da Nefertiti, aqui está o primeiro post colectivo do "Pedaços de Nós", que surge precisamente neste dia de Natal - dia de sentir a presença dos que estão longe, dia de abraçar um desconhecido - e porque este espaço é preenchido por pessoas que estão longe, e em que muitas delas não se conhecem pessoalmente, nada mais adequado do que desta forma, através desta "tela", seja possível todos partilharmos do mesmo espaço (post), para assim nos podermos sentir mais próximos uns dos outros, e nos conhecermos um pouco melhor.
Obrigado a todos que quiseram participar nesta iniciativa, infelizmente não foram todos... mas as famílias são mesmo assim... não é por isso que deixamos de ser uma família, ou melhor, talvez seja por isso que somos mesmo uma família, porque como em todas as famílias temos os nossos problemas também...

Então aqui vai a "Tela do Pedaços de Nós":

A minha côr preferida é o Verde. Representa a esperança que todos temos no amanhã, é a cor dos meus olhos, uso verde até na escrita, tenho resmas de trapos verdes e sou duplamente lagarta: Sou Sportinguista e sou de Castelo Novo, a terra dos lagartos.




Eu sou uma apaixonada por tudo o que nos transporta para um patamar de Alegria e Satisfação e só cores muito vivas, conseguem fazer perpetuar estes sentimentos na sua totalidade. Porém, existem duas cores, que melhor caracterizam a minha pessoa e influenciam a minha Personalidade: O Azul, cor do meu Clube de Coração, o F.C.P., sediado na Mui Nobre Cidade do Porto... Para além disso, faz-me lembrar paisagens que me encantam, que me transportam para lugares longínquos e me fazem sonhar acordada e sentir que estou nas nuvens.
A outra cor é o cor-de-rosa, que é a cor que as pessoas imediatamente atribuem à minha pessoa... Eu adoro esta cor, acho que é aquela pela qual me caracterizo e que está inevitávelmente ligada a mim. Ela recorda-me do "Algodão Doce" das feiras populares, do convívio com amigos - Os Nossos Momentos Cor-de-Rosa, do meu pijama que me aquece nas noites mais gélidas, lembra-me das tardes no campo, rodeada por rosas "cor-de-rosa", onde nem sequer os seus espinhos, retiravam VALOR àquele momento sem ímpar.

Vermelho – a cor da minha essência; a cor quente e forte do fogo; cor do sangue fonte de vida. Esta é a cor com a qual me identifico, é a cor do meu coração… a cor da minha paixão desmesurada por quem amo. Tal como o vermelho provoca em mim uma força extrema, assim são as minhas emoções levadas sempre ao limite e os meus sentimentos de amizade, carinho, amor,… elos inquestionavelmente fortes. É a cor que tão bem caracteriza o meu forte e desesperado desejo de vida. Esta é a cor da minha alma!

A minha cor, claro que só podia ser o vermelho...
Vermelho é o mês que escorre pelas pernas... sim, porque as dores vestem-se de vermelho...
Os beijos vestem-se de vermelho...
Vermelho é um pedaço de pano que esconde o impublicável...
O tesão é vermelho... o cheiro de amor é vermelho...
Não se vive sem o vermelho... não se morre sem o vermelho...
Vermelho é a cor de tudo... de tudo que é... do que foi... do que devia ter sido... do que um dia vai ser...
Porque o ser é sempre vermelho...

A minha cor preferida é o azul. Além de ser a cor do meu F.C. Porto... o céu é azul, e o mar também. É uma cor que me transmite calma.

Quero pintar-te com as cores do amor...
Quero pintar-te de todas as cores...
Quero pintar-te de branco para me dares paz...
Quero pintar-te de azul para me falares do céu...
Quero pintar-te de verde para me dares esperança...
Quero pintar-te de vermelho para me levantares o astral...
Quero pintar-te de amarelo para florires o meu jardim...
Quero pintar-te de rosa para me fazeres lembrar da minha querida infância...
Enfim... quero pintar-te de todas as cores...
Só não te posso pintar com as cores que saem dentro do meu peito, porque essas são marcadas pela cor do amor...
E essa cor ainda ninguém descobriu, porque é invisível aos olhos...
Só é visível pelo coração.

A minha cor preferida ainda não está definida, porque gosto da cor de um pôr-de-sol, da noite escura do perfume da manhã tocado pelo aroma cor de rosa... sendo assim que não encontro a definição da minha cor, que seja então o verde que é só para ter esperança de encontrar a cor que define a minha vida, visto que já nem clube de futebol tenho.

O que é para mim o Espírito do Natal?
O que é para vocês?
Como será o Espírito de Natal destas crianças?


Olá a Todos: Espero que tenham tido uma Noite de Consoada Agradável, com Bons Petiscos e Boa Companhia.
Queria deixar-vos aqui, uma pequena Reflexão!


- O QUE É PARA MIM, O NATAL?
NATAL É :

Sentir a presença dos que estão perto e a ausência dos que estão longe
Sentir a ternura de um momento e esquecer um tormento
Sentir o sorriso de uma criança e transmitir-lhe uma Esperança
Abraçar um Amigo e ajudar um Desconhecido
Enfim, em poucas palavras é: "Sair de mim" com um determinado fim
O fim de permitir a alguém, por um Dia sentir-se assim...
Amado, Estimado com um rumo a seguir
Para que um dia sozinho, este/a possa prosseguir.
Talvez se deixarmos de ser tão egoístas e pensarmos um pouco nos outros, possamos descobrir um Caminho seguro para alguém, o que irá para sempre enriquecer o nosso Coração.

BOM DIA DE NATAL E UM 2006 INDESCRITÍVEL...
DESEJO-VOS A TODOS MUITO AMOR, PAZ E SAÚDE... SEM ESTES TRÊS, TUDO O RESTO SE TORNA SUPERFLÚO.
Beijos da vossa amiga........... que aqui deixa mais um Pedaço do
seu "EU"... muito próprio e muito sentimentalista.

sábado, dezembro 24, 2005

Para todos que partilham este espaço,
um natal muito feliz,
com muito amor , e muitas prendinhas.

Beijos e abraços para todos...

Ah, já agora aproveito para pedir desculpa,
pela falta de participação minha por aqui....

FELIZ NATAL...

Feliz Natal


Desejo um natal amigo e um grande 2006.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Boas Festas

É um lugar comum vir deixar votos de bom Natal e bom Ano. A minha mensagem é no entanto mais que isso... Para já quero dar-vos um abraço por tanta cumplicidade. Depois quero que cada um de vós acredite que amanhã vai ser sempre melhor e mais feliz... Mesmo que para trás tenham ficado momentos lindos de felicidade, não passem o tempo a suspirar... Pensem, antes, que em 2006 essas boas recordações vão tornar-se em momentos de plena felicidade, com tudo o que a isso esteja associado. Aceitem o meu abraço de fraternidade e prespectiva optimista da vida. Até para o ano.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Os Gays andam aí

Reparem nesta campanha Gay , que agora atinge os filme para crianças e pior... na altura do Natal. Já não sei definir o Natal , só quero as minhas prendas e mais nada. Bom Natal a todos.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

O mar como pano de fundo

Fui passar férias com uma pessoa que conheço, e que eu acho que me conhece bem. Uma das poucas a quem me parece que ainda posso pedir tudo.
Acabamos por nos amar, e o nosso amor parece nunca chegar ao fim. Lá para onde fomos, onde por estes dias o sol é impedioso e nos torna passivos, gostava de chegar ao quarto e passear-me com o mínimo de roupa possível. Era o princípio do sexo...
Por vezes torno-me uma presa fácil... para melgas dissimuladas.
Ao terceiro dia, no nosso quarto, com o mar como pano de fundo, e um resto de lua perdida no céu, deram à costa as primeiras picadas... instantaneamente transformadas em perturbação das duas da manhã.
- Estás a dormir?
- Não... diz!
- Coça-me as costas...
Isto terminava sempre bem. Eu adormecia satisfeita com um sorriso quase orgásmico, e as mãos que saciavam a minha necessidade partiam em busca das melgas...
A vida em comum tem destes episódios, e confesso que já sentia saudades de tudo isto...

terça-feira, dezembro 20, 2005

Apenas um Amigo...

( É apenas uma letra de uma música, mas será que não nos revemos por vezes nesta situação????)

Oh baby estás enganado...
Baby eu sei que o que sentes não dá para esconder
Aconteceu e agora tu queres saber
Serás meu?
Baby tu sabes que não me vou envolver
Queres saber mas nem sequer começou...

Sou tua amiga,
Apenas tua amiga
Tu tens que entender...

Oh! Baby estás enganado
Não sonhes mais acordado
Gostaste e eu também
Mas não procuro ter ninguém
Procurei sair contigo
Mas não passas de um amigo
Foi tão bom, tão bom
Mas não quero compromissos

Oh! Baby estás enganado
Não sonhes mais acordado
Gostaste e eu também
Mas não procuro ter ninguém
Procurei sair contigo
Mas não passas de um amigo
Foi tão bom, tão bom
Mas tens que entender...

Nunca pensei que pudesses sentir-te assim
E não esperava que te apaixonasses por mim...

Serás meu?
E tu perguntas
Se acabou?
Sou tua amiga, apenas tua amiga...

Oh! Baby estás enganado
Não sonhes mais acordado
Não te iludas
Não procuro ter ninguém...

Lembrem-se deles...















Abrimos os nossos presentes, rimos juntos, sentamo-nos à mesa para comer.
Mas, para lá da janela – lá fora na escuridão – estão aqueles para quem o Natal não traz qualquer repouso.
Para esses é apenas mais um dia de solidão, medo, prisão, fome, doença, desamparo, fadiga e guerra.
Para muitos, mesmo um humilde quarto seria um esplêndido sítio – seco, quente, seguro e suficientemente grande para abrigar uma família.
Para muitos, as nossas despensas cheias, a nossa água limpa, a nossa saúde, a nossa paz de espírito, as nossas famílias unidas, são coisas com que eles podem apenas sonhar.
Alguns conheceram em tempos o nosso mundo – e perderam-no ou viram-no ser-lhes tirado.
Alguns nunca conheceram nada mais senão medo, pobreza e perda.
Está certo que demonstremos o nosso amor uns pelos outros no Natal – que partilhemos uma refeição, que troquemos presentes, que sejamos felizes.
Mas desejaria que nós pudéssemos escutar as vozes de todos aqueles para lá das nossas janelas.
Se pelo menos agora, no Natal, pudéssemos trazê-los para dentro das nossas casas, partilhar os nossos pensamentos e ouvir as suas histórias individuais!
Porque eles não são estatística, problemas internacionais, fonte de despesas estatais.
Eles são indivíduos, cada um complexo e único.
Valiosos. Tal como nós.


O QUE É QUE VOS DESEJO?

A família reunida,
Todas as disputas postas de lado,
Comida na mesa,
A campainha a tocar,
Caras amigas,
Embrulhos a amontoar-se,
Cartões de todos aqueles de quem se gosta,
Nada esquecido,
Risos, alguma dose de patetice,
Abraços, beijos,
Paz de espírito,
Liberdade, amizade, amor,
Recordações felizes.
Desejo-vos de todo o meu coração que
O vosso Natal seja tudo aquilo que
Um Natal deveria ser
Um pouco de calor no rigor do Inverno,
Uma luz na escuridão.
Feliz Natal!

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Feliz Natal !

Para todos vocês que fazem parte deste "Pedaço de Nós" quero desejar um Bom Natal.
Espero que passem uma noite de consoada muito feliz rodeados das pessoas que mais gostam: a nossa familia.
Sei que muitos de nós teremos alguns momentos de saudade recordando quem já partiu para sempre. Mas também teremos crianças delirando com os presentes do Pai Natal e isso trará toda a alegria a nossos corações. Aliás todos nós temos um pouco de crianças ao abrirmos os nossos presentes.
Também vos vou deixar aqui o meu presente...
«SEJAM FELIZES»

Um beijo para todos.

domingo, dezembro 18, 2005

O Natal perfeito

É por este motivo que o Natal lá em baixo é mais divertido e quente... lá em cima temos o frio e o Pai Natal, e lá em baixo as Mães Natais e que Mães... LOL

O segredo da amizade

O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry

É um cântico à amizade e à camaradagem e mostra-nos como se constrói um laço de amor.
Como explica a raposa, a amizade consiste no paciente processo de aprendizagem progressiva e na descoberta recíproca da confiança que acontece quando dois seres são «cativados» um pelo outro.

Deixar um “pedaço de mim” sem mencionar este livro que me acompanhou ao longo de toda a minha vida, e me fez crescer como ser humano, não seria efectivamente dar-vos um pouco de mim.
E, como pretendemos que o elo que nos liga, aqui no “Pedaços de Nós”, seja a amizade…
Transcrevo o episódio da raposa, excerto que nos fala do verdadeiro significado desta palavra.

“-Quem és tu? - Perguntou a principezinho - És bem linda…
- Sou uma raposa - disse a raposa.
-Vem brincar comigo - disse o principezinho - Estou tão triste…
-Não posso brincar contigo - disse a raposa - Ainda ninguém me cativou.

- O que quer dizer «cativar»?

- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa - Significa «criar laços…».
- Criar laços?
- Isso mesmo - disse a raposa - Para mim não passas ainda de um rapazinho muito parecido com cem mil rapazinhos. E não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Para ti sou apenas uma raposa semelhante a cem mil raposas. Mas, se me cativares, teremos necessidade um do outro. Para mim serás único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
- Começo a compreender - disse o principezinho - Há uma flor… creio que ela me cativou…
… se me cativares a minha vida ficará como que iluminada pelo sol. Conhecerei um ruído de passos que será diferente de todos os outros. Os outros passos fazem-me meter debaixo da terra. Os teus, chamar-me-ão para fora da toca como uma música. E além disso, olha! Vês, além, os campos de trigo? Não me alimento de pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado! O trigo, que é dourado, far-me-á lembrar de ti. E amarei o som do vento no trigo…
- Só se conhecem as coisas que se cativam - disse a raposa - Os homens já não têm tempo para conhecer o que quer que seja… Se queres ter um amigo, cativa-me!
- O que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É necessário ser paciente - respondeu a raposa. Sentas-te primeiro um pouco longe de mim, assim, na erva. Eu olhar-te-ei pelo canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é fonte de mal-entendidos…
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da partida:
- Ah! - disse a raposa… Vou chorar.
- A culpa é tua - disse o principezinho, eu não queria que te acontecesse nada de mal, mas quiseste que te cativasse…
- É certo - disse a raposa.
- Mas vais chorar! - disse o principezinho.
- Vou - disse a raposa.
- Então não ganhas nada com isso!
- Ganho - disse a raposa - por causa da cor do trigo.
Depois acrescentou:
- Vais olhar outra vez as rosas. Compreenderás que a tua é única no mundo. Voltarás para me dizer adeus e eu faço-te presente de um segredo.
O principezinho foi ver outra vez as rosas.
- Não são de modo nenhum parecidas com a minha rosa, ainda não são nada, disse-lhes ele. Ninguém vos cativou e vocês não cativaram ninguém. São como era a minha raposa. Era uma raposa parecida com cem mil outras. Mas fiz dela minha amiga e agora ela é única no mundo.
E voltou para junto da raposa:
- Adeus, disse…
- Adeus - disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se pode ver bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho de modo a poder recordar-se.
- É o tempo que perdeste com a tua rosa que torna a tua rosa tão importante.
Os homens esqueceram esta verdade - disse a raposa - Mas tu não deves esquecer-te.
Tornaste-te para sempre responsável por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa…
- Sou o responsável pela minha rosa… - repetiu o principezinho, para se recordar.”

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Pedaço de irreverência

Quando pediram ao autor deste livro para explicar a escolha do seu título, a resposta foi:
"consegue ofender ao mesmo tempo cristãos, muçulmanos, judeus e vegetarianos".
Simplesmente adorei esta irreverência que roça as fronteiras do mau génio.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

O teu beijo

Já passaram muitas horas e ainda tenho o sabor do teu beijo molhado. Soube-me como nenhum outro. Pela circunstancia, pelo carinho com que o fizeste, pelo paladar, pela tranquilidade que me trouxe. Também me fez sentir cheia de energia e vitalidade. Não calculas como é maravilhoso sentir-me outra vez apaixonada... AGORA pelo teu beijo molhado.

Apeteceu-me partilhar convosco este pedaço de felicidade.

Talvez o beijo de Xana me traga novos motivos de inspiração para "os pedaços de nós".

Discurso versátil

Não te amo mais
Estaria mentindo se dissesse que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho a certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Tu não significas nada
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor por ti
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU AMO - TE!
Sinto muito, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais..

Agora... leiam o texto de baixo para cima...

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Sociedade de consumo

Para animar um pouco e porque está bastante actual. Nos dias de hoje é mesmo assim:

-Boa Tarde!
-Boa Tarde....Diga
- Queria uma água com gás
- Fresca ou natural?
- Fresca.
- Com ou sem sabor?
- Pode ser de limão.
- Frize limão, Castelo Bubbles, Carvalhelhos limão?
- Sei lá, traga-me uma qualquer...Frieze
- Frize limão já acabou....Pode ser morango, tangerina ou maracujá?
- Esqueça...traga-me umas Pedras.....
- Fresca ou natural?
- Fresca.....
- Com ou sem limão?
- Sem
- Normal ou levíssima?
- Quê?
- Normal ou uma nova que saiu, que é mais leve....
- Ó meu amigo, traga-me uma Bohemia e esqueça o resto....
- Sagres Bohemia não temos. Só temos normal, Preta e Zero
- Então traga uma Superbock
- Garrafa ou imperial?
- Garrafa.
- Superbock normal, Green, Twin ou Stout?
- Porra.... já perdi a sede.... xau...

O Prazer na Poesia



Gosto muito da obra do nosso querido Bocage.
Assim deixo-vos aqui um "pedaço" da sua extensa obra...


SONETO DO PRAZER MAIOR

Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:

Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.


Autor: Manuel Maria Barbosa Du Bocage


quinta-feira, dezembro 08, 2005

Bliss [quiet letters]

Breathe

Time for everybody
Listen to the sound
and all the lonely people
live beneath the ground
don’t listen to another
just listen to yourself
only changes can happens
when you change yourself
I want run
I want hide
I only want to live
To live my life

Breathe of pain
I’m the ruler of my world
Breathe in peace
I’m the ruler of the world

I courage of conviction
In everything you do
Course every little action
Only falls on to you
And I don’t want excuses
To hear your bitterness
There’s far to many people
Who want to give their best
I want run
I want hide
I only want to live
To live my life

Breathe of pain
I’m the ruler of my world
Breathe of pain
I’m the ruler of my world
In this light
In this life
In this love
All come back to you

Para poderem apreciar melhor esta música linda que o Art nos deu a conhecer aqui no Pedaços...
Bom fim-de-semana prolongado !

O meu "Pedaço" # 5

O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido.
Porque é que fodemos o amor?
Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem que haver escombros. Tem que haver esperança. Tem que haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo.
O nosso amor já está fodido há muito tempo. Ela não acredita em nada do que eu digo, mesmo quando eu não digo nada...

MEC

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Pintar… “o pedaço” de cada um de nós…














Antes de justificar o meu “atrevimento” numa nova postagem em tão curto espaço de tempo, quero agradecer o apoio e carinho manifesto por todos vós que me lestes.
Acrescento que, para além de me sentir muito enternecida pelo vosso acolhimento, sinto que esta seja uma experiência muito gratificante para mim.
Li e reli cada um dos comentários que me deixastes, atendi ao significado de cada palavra e ao suplementar conteúdo que algumas deixam transparecer e querem transmitir. Assimilei a mensagem contida nessa “sombra” das palavras e agradeço do fundo do coração o cuidado que houve por parte de quem as proferiu.

Trabalhar em conjunto, partilhar / trocar ideias, resulta sempre (a meu ver) na aquisição de novos conhecimentos e valores que só nos fazem crescer como seres humanos; tanto mais se for conseguida harmonia entre todos os elementos.
Na sequência do que acabo de referir, ouso apelar ao espírito de grupo e propor a elaboração de um Post em conjunto, com a finalidade de pintar o “Pedaços de Nós” com o pedaço de cada um. Passo a explicar: cada um dos elementos escolhe uma cor, adjectiva-a e caracteriza-a com o seu cunho pessoal, a sua carga emotiva… tentar colocar na cor escolhida a essência de cada um. Claro está que se irá repetir cores!
Se cada um de nós deixar nos comentários a este post o seu “pedaço”, Art sugiro que recolhas os nossos “pedaços” e os organizes num outro post – a “Tela do Pedaços de Nós”.
Deixo ao teu critério Art, avalia e se achares que possa surtir um resultado positivo…
… parece-me interessante a ideia, poderão achar até infantil e descabida, mas que tal tentar?
Um beijo a cada um de vós e desculpem a minha audácia.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Pai Natal


Ele o Pai Natal já anda por aí, como o tempo passa depressa!!! Boa época natalícia para todos.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Pintar... um pedaço de mim...












E, porque a vida é feita de momentos e escolhas… escolher:
A melhor tela,
Os pincéis de cerdas mais finas,
Uma paleta repleta das mais belas cores,
Misturar as tintas com as mãos…
E, pintar com o coração, um pedaço de mim…
Partilhar momentos…
Eterniza-los nas palavras…
Este será o meu intento junto de vós que me acolhestes!
Hoje, nesta tela, pinto e partilho convosco a alegria imensa que sinto em fazer parte desta “família”.
Escolho o amarelo como cor base; a cor quente do Sol.
Um raio de sol brilhou e aqueceu a minha alma,
No momento em que me presenteaste com tão afável convite, Art!

A todos agradeço, com muito carinho, esta oportunidade de inserção no “PEDAÇOS DE NÓS”!

domingo, dezembro 04, 2005

Art of Love... Deixaste-me sem palavras...

Olá a todos:
Não podia deixar de agradecer este amável convite do Art of Love e saudar todos os que aqui deixam um pedaço da sua experiência de vida. Também EU vou aqui deixar algum pedaço de mim, mas não um pedaço qualquer, o meu Melhor PEDAÇO...



Quisera ser a mão que desliza pelo teu rosto...
O arco íris que observas repleto de mil cores...
A música que ouves e te embala...
O perfume que te enebria...
A saliva que invade a tua boca...
Quisera ser o coração que bate no teu peito...
O oxigénio que respiras...
A vida que existe dentro de ti...
O suor que desce pelo teu corpo...
O sangue que te corre nas veias...
Quisera ser o sorriso que te invade os lábios...
A aragem que mexe nos teus cabelos...
O sonho que te povoa o pensamento...
Uma bela imagem guardada na memória...
A marca gravada no teu peito...
Quisera ser a almofada onde repousas os teus sonhos...
O lençol que te cobre de noite...
A cama onde te deitas...
A Lua que zela pelo teu sono...
O Sol que te acorda pela manhã...
Quisera ser tanto e tão pouco...
Quisera apenas ser...
TUA PARA SEMPRE...

Boa semana para todos!
É para mim, um privilégio, fazer parte deste BLOG: "PEDAÇOS DE NÓS", uma honra ser um dos elementos deste Blog, rico em pessoas com poderosos sentimentos e inúmeras e ricas experiências de vida.
Bem Hajam...

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Ciclo de vida

Já não sei mais o que dizer...
Depois de ultimamente o "About Last Night" ter merecido tantos destaques em tantos blogs, foi agora a vez de ganhar o concurso "Blog sensual"!!!

O Blog About Last Night - Å®t_Øf_£övë foi o grande vencedor deste nosso primeiro concurso. Desde já agradecemos a participação de todos. Todos os outros blogs eram igualmente bons... mas apenas um poderia vencer... os nossos parabéns ao vencedor!!!

Só hoje decidi abordar a pausa que fiz no "About Last Night", porque tenho andado numa fase de reflexão.
A decisão de terminar com o "About Last Night" continua de pé, mas o carinho, apoio e força que recebi de muito mais gente do que alguma vez imaginei, poderá um dia fazer-me voltar a escrever. Daí, eu estar a encarar esta fase como um interregno, porque na vida só temos uma certeza - a de que tudo que nasce, mais cedo ou mais tarde acaba por morrer.
A vida é feita de momentos, e todos nós passamos, por vezes, por momentos bons, menos bons ou até maus. Faz parte do ciclo de vida de cada um de nós.
Em suma, façamos o que fizermos, ou digamos o que dissermos, a nossa vida estará sempre marcada pelo tempo e pelo espaço.
Assim, também o "About Last Night" teve o seu momento, o seu tempo e o seu espaço.
Resta-me agradecer, do fundo do coração, a todos.
Bem hajam.