quarta-feira, novembro 25, 2009

A Sociedade e os Valores

Amigos sinto que atravessamos um péssimo momento na nossa civilização, deparo-me nestes dias com o que de mais nobre que a vida em sociedade tinha (os valores e princípios) se perderam.
É como se acordasse de manhã e todas as pessoas a minha volta, deixassem de se preocupar em respeitar os princípios humanos e os seus valores. Sinto que estou de luto por mim e pela sociedade que tanto respeito, tenho a sensação que a crise não é apenas monetária e financeira.
É pena e estou triste.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Dor

Quem não gostaria de ser imune à dor?
A dor é tramada, e a pior dor é aquela que sobe e desce entre a garganta e o peito, e que me tira o sono (infelizmente nunca me tirou o apetite)... é uma dor insuportável.
A dor que me dói mais é a da incompreensão, tipo ficar no meio da rua a perguntar "porquê?", e continuar lá sem obter uma resposta.

A última vez que sofri a sério, chorei lágrimas em quantidade que não julgaria possível. E eu até gosto de chorar... choro, e pronto, renasço. Mas chorar pela dor da paixão é diferente de todas as outras dores, porque parece que nunca vai acabar, e que na manhã seguinte teremos mais uma ruga ou um cabelo branco.

A dor é impossível de se aturar, e quando se está a sofrer de amor, a única coisa boa é sabermos que é impossível sentirmo-nos pior, e que portanto o que quer que venha a seguir será sempre melhor. Hoje aconteceu-me olhar para uma das únicas pessoas que me deixaram no meio da rua a perguntar "porquê?", e de facto continuo a perguntar-me porquê? - Porque é que gostei dele?

E foi assim que cheguei à conclusão que todos nós sobrevivemos à dor de um coração despedaçado, porque as dores de amor passam, e nada têm de afrodisíaco, porque quando estamos a sofrer de amor, achamos que nunca mais ninguém nos vai satisfazer sexualmente tanto como a pessoa que nos acabou de deixar. Mas é mentira. É preciso é nunca deixar de tentar, e às vezes até faz bem enganar a dor com um "aqui vai disto" mais ou menos às cegas... e assim um dia, quase sem querer, deixamos de sofrer.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Momento de Harmonia



Quem não precisa de um momento de harmonia?
A minha sugestão Yann Tiersen and Claire Pichet, vale a pena!!!

quarta-feira, novembro 11, 2009

Sonhos...

... Ainda prefiro os que se tem acordada, paridos da macabra fusão entre razão e emoção, mesmo quando ilusão ou nunca concretizados...

terça-feira, novembro 10, 2009

ou... amor?

Dos castelos colhe as pedras polidas pelo tempo, dos sonhos exclui os pesadelos gastos na almofada, na memória arruma as lembranças em baús com bolas de naftalina para que as traças não as corroam. Na praça pública silencia as palavras ocultas por espessos véus e (a re)volta ao abrigo que avalia como refúgio de tempestades. Calmante. Tranquilizante. Ou…

Contornos ocultos de verdades debilmente veladas, feitas de obscuras realidades (des?) mentidas, em amálgamas de afirmações, em rebuscadas frases estudadas, repetidas, gastas, entroncadas em raízes mal cuidadas. Desfloradas, ou…

Indagada a alma retorcida, escondida no corpo contorcido. Violado. Violada. Perde-se. Reencontra-se. Aconchega-se à força (devol)vida. Esfuma-se no maço consumido. Ou…

Regressa à galáxia perfeita da imaginação sobrevoando a felicidade sem lhe tocar. Quebra-se o feitiço como quem quebra uma garrafa (isso não). Enchem-se os pulmões de gases tóxicos a colorir o preto e branco da nuvem em que se senta sem reflectir que o amor não é para ser palrado, mas acarinhado. E a criança mimada esvoaça como pássaro engaiolado nas próprias asas desfeitas, numa liberdade fictícia, ilusória, desperdiçada, ou…

Regressa a sereia ao oceano onde as pérolas que lhe brotam dos olhos se desfazem nas gotas da maré. Reconhece as escamas perdidas, as barbatanas feridas. Os nós apertados da corda que lhe sufocou as guelras numa terra onde o líquido é opaco, viscoso, infectado. Nas profundezas da água límpida lava o corpo como quem desinfecta a alma e deita-se na concha que se fecha como encerrada foi a magia, ou…

Afogam nas areias movediças da praia, a saudade. E perdem(-se) no interior da sua própria voz. Ânsia abafada. Ou...

Perdura a ilusão. A confusão. Atroz paixão. Quiça quimera. Mórbida esperança. Fantasia. Utopia. Ou…

...

segunda-feira, novembro 09, 2009

Sugestão...

Normalmente quando aqui deixo um pedaço de mim, faço-o através da música que estou a ouvir no momento, neste caso, e para ser diferente deixo aqui uma sugestão de algo que por curiosidade, comecei a ler derivado ao título tão sugestivo que tem...

"Quando as pessoas boas fazem coisas más... como deixar de ser o seu pior inimigo"

R
ecomendo vivamente, porque no fundo é um livro que revela a faceta da nossa experiência humana, sobre a investigação das polaridades, ambiguidades, e hipocrisias em que vive a nossa sociedade... Simplesmente aconselho...

domingo, novembro 08, 2009

...

De guardador de objectos a coleccionador de momentos

sábado, novembro 07, 2009

Perfil virtual

O mundo virtual é uma oportunidade para que muitos - pessoas como nós - ampliem a sua rede de contactos e estabeleçam novas relações com diversos fins (profissionais, religiosos, artísticos, sociais, etc). Dá gosto ver os perfis de verdadeiras Ninfas e de soberbos Adónis - gente como nós - à procura do Olimpo no ciberespaço. Daí, estes versos:

Mulheres cultas e belas
Com lábios sensuais
Falam do melhor delas
Exibem seios fenomenais
Pouca roupa nelas
Talvez calor a mais
Sonham com as estrelas
Algumas choram demais
Sonham vidas de novelas
tomam banho de sais
E há quem queria vê-las
no maior dos pedestais

Nós, homens, todos machões
inteligentes, bonitos, musculados
ricos, cultos e muito viajados
armados em cagões
Vivemos à grande, enclausurados,
cheios de ilusões
Mandamos piropos elaborados
para atrair corações
Somos fotógrafos experimentados
captamos emoções
Psicólogos reputados
arranjamos soluções
Fomos todos enganados
no que toca a relações