domingo, maio 25, 2008

“Tantos livros na estante. E acabo folheando o coração.” Eugénio Leandro

E quando a saudade aperta, quando o desejo é mais forte, quando o amor sangra, quando o pensamento vagueia...

Recrio-te, revejo-te, possuo-te...

Abraço-te... Abrasas-me...

Beijos reconhecem o corpo. Seios procuram as mãos. Bocas se saboreiam. Ventres se unem. Sexos enlouquecidos de paixão... quentes... firmes... húmidos...

A luz torna-se difusa. O mundo desaparece. Ficas tu...

Odor a corpos nus. Pele em chamas. Coração acelerado.

Deixas-nos voar! Fazes-nos voar! Já não és tu... somos nós!

Doces palavras proferidas em últimas caricias... Olhares encandescentes...

O mundo gira. A química vence a matemática. De dois se faz um, em fusão de escaldantes fluidos. Numa ternura desmedida. Numa explosão de desejo. Numa imensidão de amor.

Renasces!

E, quando raios de Sol penetram e fazem o sonho adormecer, aconchego-me no doce leito. Banho o sonho na tépida água do banho. Visto-me de mim... e de ti... Reinvento-te! Revivo-te!

Assim te vejo, assim te amo, assim te quero!

Assim me acordo...


segunda-feira, maio 19, 2008

O frasco da vida

Às vezes há textos com os quais nos "esbarramos" no meio da nossa "navegação" por este imenso "mar" que é a internet, e com os quais nos sentimos profundamente "tocados". Esta história provocou-me essa sensação, porque é uma situação que infelizmente já nos sucedeu a todos, que é deixar de ter tempo para os amigos, ou outras coisas às quais deveríamos dar mais importância.De facto às vezes esquecemo-nos destas pequeninas coisas...


Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra pegou num frasco grande e vazio, e começou a enchê-lo com bolas de golfe. A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que sim. O professor pegou então numa caixa de fósforos e vazou-a dentro do frasco. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que sim. Logo, o professor pegou numa caixa de areia e vazou-a dentro do frasco. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um sim retumbante.

O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se nesta ocasião. Quando os risos terminaram, o professor comentou:

"Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes, a família, os filhos, a saúde, a alegria, as amigas, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdêssemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas. Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes. Presta atenção às coisas que realmente importam. Estabelece as tuas prioridades, e o resto é só areia".

Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: "Então e o que representa o café?"
O professor sorriu e disse: "Ainda bem que perguntas! Isso é só para lhes mostrar que por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, sempre há lugar para tomar um café com um amigo".

Quando as coisas da vida vos parecerem demasiadas, lembrem-se deste exemplo do frasco, porque vale sempre a pena parar e pensar um pouco nestas palavras...

sexta-feira, maio 16, 2008

Duffy... Have Mercy!

Três… um número de sorte, um número vulgar, ou então aquele número que representa o número de semanas em que Mercy se encontra no nº1 da tabela de singles no Reino Unido. Desta vez, o blogue tem que obrigatoriamente ter um post especial sobre a menina Duffy.

Mercy entrou para o nº1 sem ter sido editado em suporte de cd, o que é um outro efeito histórico a adicionar ao facto que em 25 anos nenhuma cantora galesa tinha sido capaz de fazer o mesmo. Rockferry é o título do álbum , e que se espera que acompanhe o sucesso deste single que nos reporta para outros tempos, outras viagens, outros momentos.

Duffy é oriunda do País de Gales, e tem 23 anos, mas um pujança única e muito forte o que, mais uma vez, dá para dizer que a idade é apenas um número. É verdade que Duffy canta, encanta e dá-nos aqueles momentos únicos ao som da sua voz peculiar e genuína! Um arrepio único e fantasticamente perfeito de uma das mais recentes e mais interessantes revelações de 2008...
Até lá, deixo-vos aqui a letra da música "Mercy"

I love you
but I gotta stay true
my morals got me on my knees
Im begging please stop playing games

I dont know what this is
cos you got me good
just like you knew you would

I dont know what you do
but you do it well
I'm under your spell

You got me begging you for mercy
why wont you relase me
you got me begging you for mercy
why wont you release me
I said release me

Now you think that I
will be something on the side
but you got to understand
that I need a man
who can take my hand yes I do

I dont know what this is
but you got me good
just like you knew you would

I dont know what you do
but you do it well
I'm under your spell

You got me begging you for mercy
why wont you relase me
you got me begging you for mercy
why wont you release me
I said you'd better release yeah yeah yeah

Im begging you for mercy
yes why wont you realse me
Im begging you for mercy

you got me begging
you got me begging
you got me begging

Mercy, why wont you realise me
Im begging you for mercy
why wont you release me

you got me begging you for mercy
Im begging you for mercy
Im begging you for mercy
Im begging you for mercy
Im begging you for mercy

Why wont you release me yeah yeah
break it down

quinta-feira, maio 15, 2008

Máscaras

Hoje fui visitar o Museu do Oriente, onde está uma interessante exposição sobre máscaras da Ásia. Fica uma imagem:

E em jeito de reflexão: atrás de que máscaras nos escondemos? Quantas máscaras temos? Gostamos do que vemos ao espelho?

quarta-feira, maio 14, 2008

Esclarecedor

Há uma velha piada de Belfast acerca do homem a quem mandaram parar num bloqueio de estrada e perguntaram qual a sua religião. Quando o homem disse que era ateu perguntaram-lhe: "Ateu protestante ou ateu católico?"

Christopher Hitchens, God is not Great

[lido aqui]

segunda-feira, maio 12, 2008

Coisas do arco do ego

Não sei que peça falta no Lego da minha curta (?), mas verdadeira, inexistência. Não nego o que desconheço, nem alego o que me despertence. Há, de incerteza, qualquer falha no esquema da minha desmontagem. Não fui sempre assim. Sinto-me incapaz de me imaginar assado, por falta de maneiras. Nem santo, nem animal de presépio e muito menos um rei magro. Ai, Jesus. Já fui menino!
Não me atolo no cimento, porque é dura a ecoexistência. Penso e pego no que me vai na inconsistência. Ergo, cogito e pum! Revejo-me mais no Egas monstro e menos no Moniz. Não busco qualquer tipo de prémio. Sinto o desapego de qualquer coisa. Comia uma bolacha.

Não sou fã das alturas, mas nunca me adego em copos baixos. O sangue - meu lado positivo - ainda corre tinto, como um rio. Conduzo desembriagado, contrário ao sentido das coisas, sem desatropelos e não agrafo ninguém contra a parede. Respeitando as bermas, apenas derrubo as placas depois das ervas e dos arbustos que se antecipam aos sinais (do tempo?). Lembro de, em nenhures, ter lido: “Bem-vindo a Moitas” e “Hospital 500m”. Enfim, são os atalhos para a morte dum paciente. Quem não sente tem o corpo dormente.
Sou um contribuinte incomum que declara, comodamente na Net e fora de prazo, os seus impostos e paga, a horas, as respectivas coimas. Evito as bichas e as pessoas das repartições, poupando as senhas de vez. Só de me lembrar da última, vez, que estive numa fila para o IRS, do senhor, com a senha nº 70, declarar a quem o não queria ouvir: - Aquela funcionária está há mais de uma hora com o 69! Sem comentários… Não há pernas que aguentem tantas demoras em pé.

Olhamos para a Política e para a Religião da mesma reforma. Não lhes revejo fronteiras: quase tudo se traduz em promessas e se resume a milagres. Dum lado, os que prometem futuros milagres e não cumprem. Do outro, os que cumprem promessas aos que no passado fizeram milagres. O crente é sempre o pagante. Por isso, apego-me ao futebol e pouco ligo à fé.
Quem não deve não treme.
As bolsas e os mercados não têm terras, fábricas e poços de petróleo, somente determinam o preço que pagamos para viver. Há um monopólio sem regras, onde crescem as ruas hipotecadas e praças vazias que ninguém compra. Se o diabo se lembra de cobrar os seus serviços vamos pagar ainda mais pelo pão. É previsível uma nova explosão demográfica de chineses – dos que não ganham pró arroz . Dirão xau-xau à terra que os viu comer e convertidos em comerciantes repovoarão, com lojas coloridas, as ruas de outros países. Cêntimos que não chegam para o petróleo. Barris de dólares inconvertidos para atestar a minha incapaz viatura. Não tarda, veremos anúncios para venda de carros usados, do tipo:
“Procuro dono com poder de compra”, “Gasto 100€ aos 100” , “Ano 2008. Impecável com 10 km”, etc.
Sete da manhã. A rua cheira-me a batatas fritas. O autocarro que vai para os Prazeres tem escrito: “movido a óleo Fula”. Ou estou fulo ou o pessoal anda mais frígido.