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sábado, fevereiro 11, 2012

Ter

Que queres mais se me levas sempre contigo, mesmo não me tendo? Sim, não me tens... não como eu sinto que me tens... não com a força que me tenho em ti. O que te tenho em mim é muito mais do que tu és, muito mais do que te podes ter. Tenho-te pelo amor que te tenho. Não acredito que alguém seja capaz de te ter tanto como eu te tenho em mim. Sinto o meu coração parado, não é de susto, é de saber-te por perto...

segunda-feira, setembro 27, 2010

O meu ideal de homem

Estava eu um dia destes nas minhas divagações, quando inesperadamente cheguei à conclusão que gosto de homens vagamente gays!!! Este ano que caminha a passos largos para o seu final, tem-me dado uma bela amostra dos exemplares masculinos. Sempre me estive a borrifar para a coisa do "homem ideal", porque o "homem ideal" não existe. Vive apenas na cabeça de quem nunca esteve apaixonada, ou de quem nunca teve ninguém a encher-lhe as medidas.

Gosto de brincar com um homem. Gosto de me expor ao ridículo com ele. Gosto de ser feia ao acordar (e alguns deles, de tão apaixonados, até já me vêem bonita), e aparecer deslumbrante ao jantar. Gosto de ser apanhada na casa de banho a limpar as orelhas com um cotonete, ou vê-lo a brincar com as minhas cuecas na cabeça. Gosto de estar na cama a rir-me com ele por se ter embebedado na noite anterior e ter beijado o amigo. Ou por eu ter sido assediada pela rapariga do bar que me ofereceu shots a noite inteira, e o ignorou o tempo todo.

Homem de que eu goste, cobre-me do frio, diz as palavras que eu gosto de ouvir, e está disposto a tudo para me ouvir gritar na cama, e nunca me vai dizer "cuidado que te podem ouvir", pelo contrário, dirá antes "grita mais que eu gosto tanto".

Para as características físicas estou-me sinceramente nas tintas. Nem pernas boas, nem músculos, nem peitorais, porque nadinha disto tem cabimento na minha cabeça. Ou seja, ele até pode vir com tudo isto, mas vai ter que me apertar as coxas e rir-se com as minhas estrias.

Homem que eu goste não tem de ser de nenhuma forma, nem estar em forma. Nem tem de ser branco ou preto, mas tem que ter raça, e coragem, porque o amor é sempre um acto de coragem.

O próximo ano vai ser o ano para combater os homens ideais. Vai ser o ano de procurar um homem vagamente gay, que me diga "a tua carteira é tão bonita", sem querer usá-la. Ou vai ser o ano para apanhá-lo a usar na cara o creme reafirmante para o corpo, e perceber que ele nem tinha reparado nisso. É no início do ano que temos que acordar a nossa lucidez, porque ela tende a perder-se com o passar dos dias. Em 2011 vou procurar pessoas, em vez de perseguir ideais...

sábado, janeiro 16, 2010

Tempestade

O País tem estado em alerta devido à tempestade que temos tido, e eu consegui chegar a casa sequinha, porque a tempestade protege sempre as tempestuosas como eu. Gosto de chegar a casa e encontrar o calor do lar, que tem sempre para mim o sabor de reconciliação com o mundo. Mesmo eu que tanto gosto de fazer faísca, não prescindo desse conforto.

Mergulhei na banheira, que enchi de espuma, e estranhamente, pela primeira vez desde que moro neste prédio, comecei a ouvir os risinhos da minha vizinha. Eu nunca tinha ouvido a rapariga a rir!!! Mas mal eu sabia que era apenas e só o princípio da tempestade...

Ela vive com um gajo por quem eu não tenho grande empatia. Ele é esforçado, mas eu chuto-o para canto. Quando os risinhos começaram eu estava a brincar com o patinho de borracha na banheira... e risinho puxa risinho (enquanto o tempo puxava chuva), e o gajo deve ter começado a puxar por ela... ela parecia um trovão a abanar as janelas... ofegante e torrencial, gritando... "sim e sim e siiiiiiiim!!!"

E não pensem que a cena foi nuvem passageira. Não... a tempestade parecia da grossa (se me permitem a expressão). A vizinha estava a ser duramente fustigada pelo dilúvio, e eu ali a espumar-me de raiva, com o patinho já murcho de tanto banho.

Das duas, uma: ou entre eles só há faísca em dias de tempestade, ou era o tempo que trazia até minha casa o eco deles. Nessa noite quase adormeci na banheira, e até aproveitei o barulho dos outros para fazer o meu...

Será que de mim também ficaram a pensar que é só em dias de tempestade??? Será que ouviram o meu patinho??? Para saber, vou ter que esperar pelas próximas chuvadas, sem descurar as boas abertas...

segunda-feira, novembro 16, 2009

Dor

Quem não gostaria de ser imune à dor?
A dor é tramada, e a pior dor é aquela que sobe e desce entre a garganta e o peito, e que me tira o sono (infelizmente nunca me tirou o apetite)... é uma dor insuportável.
A dor que me dói mais é a da incompreensão, tipo ficar no meio da rua a perguntar "porquê?", e continuar lá sem obter uma resposta.

A última vez que sofri a sério, chorei lágrimas em quantidade que não julgaria possível. E eu até gosto de chorar... choro, e pronto, renasço. Mas chorar pela dor da paixão é diferente de todas as outras dores, porque parece que nunca vai acabar, e que na manhã seguinte teremos mais uma ruga ou um cabelo branco.

A dor é impossível de se aturar, e quando se está a sofrer de amor, a única coisa boa é sabermos que é impossível sentirmo-nos pior, e que portanto o que quer que venha a seguir será sempre melhor. Hoje aconteceu-me olhar para uma das únicas pessoas que me deixaram no meio da rua a perguntar "porquê?", e de facto continuo a perguntar-me porquê? - Porque é que gostei dele?

E foi assim que cheguei à conclusão que todos nós sobrevivemos à dor de um coração despedaçado, porque as dores de amor passam, e nada têm de afrodisíaco, porque quando estamos a sofrer de amor, achamos que nunca mais ninguém nos vai satisfazer sexualmente tanto como a pessoa que nos acabou de deixar. Mas é mentira. É preciso é nunca deixar de tentar, e às vezes até faz bem enganar a dor com um "aqui vai disto" mais ou menos às cegas... e assim um dia, quase sem querer, deixamos de sofrer.

domingo, junho 21, 2009

Alargar horizontes na horizontal

Saí do escritório à hora de almoço, e como estava um dia cheio de sol, resolvi trocar o almoço por um café numa esplanada à beira-mar. Já na esplanada, de óculos escuros, e com o café na mesa, comecei a aperceber-me da conversa que vinha da mesa do lado...

Eram dois casais que falavam pelos cotovelos... ou pelo menos um dos homens, que para além de não se calar, falava muito alto, e gesticulava. Estava a falar de uma Mafalda qualquer, e repetia vezes sem conta uma das palavras que mais me irritam: "Oiça!", "Oiça!", "Oiça!".

As mulheres que os acompanhavam, simplesmente não falavam, e cheguei a pôr em dúvida se o estariam a ouvir, ou se já estariam a sonhar com uma limpeza de pele, ou aquela camisola que mandaram guardar na loja para o marido pagar. O tal que não se calava, falando da tal Mafalda, diz então: "Que habilitações tem ela para o cargo, não sei, mas toda a gente sabe que ela subiu na horizontal".

Eu já ouvi esta expressão umas centenas de vezes, e para além de me irritar, discordo completamente deste chavão. Porque será que qualquer mulher bonita que chegue a um cargo importante numa empresa, tem de ver a sua honra em dúvida? Porque será que um "começo por baixo" tem de acabar numa "subida na horizontal"? E porque será que nunca se acha que os homens sobem na "horizontal"? Quererá isto dizer que só as mulheres é que usam o sexo para fazerem carreira?

A mim não me parece, até porque conheço muitos homens que se serviram dos seus atributos físicos para alargarem o horizonte na horizontal. Mas na verdade todos eles saem sempre ilesos e sem mácula das suas conquistas, reforçando até a sua prateleira de troféus.

Numa empresa em que trabalhei havia um chefe novo e bonito, que já conhecia os gemidos de quase todas as minhas colegas, e eram elas que tinham o rótulo de "comidas", enquanto ele continuava a ser o jovem bonito e galante que ia preenchendo a estante.

Porque será que nunca ouvi nenhuma delas dizer que o tinha "comido"? Porque será que nunca ninguém duvidou da subida meteórica dele? Terá subido na horizontal?

Depois de todos estes pensamentos e dúvidas, do café tomado, e do corpo aquecido pelo sol, voltei para o trabalho, porque pelo sim pelo não há que garantir a carreira...

domingo, abril 05, 2009

Falar abertamente

Nunca desejei ser homem, mas como todas as mulheres já me revoltei contra o período, os pêlos, e a ditadura do peso.
Há quem me diga que pareço um homem por falar abertamente sobre sexo, e por ir para a cama com quem me apetece. Mas na verdade tenho que vos dizer que não vejo nenhum tipo de problema nisso.
Aliás até sou da opinião de que os homens não falam tão abertamente assim, porque quando estão numa "tasca" qualquer a dizer que "comeram" esta ou aquela, além disso não significar falarem abertamente sobre sexo, também não é bonito, nem lhes fica bem.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

É bonito o amor... Parece um carrossel...

Desconfio que há pessoas que não gozam aquilo que uma relação lhes pode proporcionar. Eu sou da opinião que num relacionamento não pode haver limites, mas mesmo assim eu tenho os meus, porque todos temos os nossos. O pior é quando esses limites não coincidem... Há por aí muita gente que tem limites muito estranhos!!!

Há aquelas que não gritam na cama, nem têm a capacidade de explorar aquilo que o sexo lhes pode dar, porque desde muito cedo constroem um relacionamento, depois perdem a virgindade com essa mesma pessoa, e logo de seguida começam a planear o casamento. Depois do casamento começam a pensar muito em ser mães... e depois o sexo deixa de ser frequente... Tenho muitas amigas que fizeram este trajecto de vida, até um dia... até ao dia em que...

Percebem que a vida é um carrossel, que pode e merece ser vivida, e que de desejadas a desejosas vai um pequeno passo. Isto acontece quando se interessam por alguém, começam a ficar outra vez mais magras e bonitas, coisa que os maridos inicialmente nem reparam. Compram roupas novas com maior frequência, começam a frequentar o ginásio, e deixam de falar na vontade de ter filhos.

Depois aconselham os maridos a sair com os amigos, dizendo que ficam bem por ali a verem um filme e a adormecerem no sofá. Eles ficam todos contentes, começam a achá-las mais bonitas, e a saírem todos confiantes, porque quando regressarem a casa depois da noitada com os amigos, e um pouco bebidos, ainda vão ter sexo... sempre muito igual... vinte minutinhos... no máximo... nem uma palavra durante... um sorriso no fim... e toca a virar as costas que o soninho está aí.

Elas por sua vez depois de eles saírem para a tal noitada com os amigos, suspiram de alívio, sentam-se no sofá, mas em vez de verem o tal filme e depois adormecerem, começam a trocar sms's com outro, que por acaso acham muito interessante e começam a pedir umas palavras bonitas... daquelas palavras que levam ao sexo, que tiram o sono, e a fome.

Como já "dormiram" algumas vezes com eles, tornam-se mais exigentes, e começam a achar que eles estão menos generosos que o costume, que as sms's começam a chegar a conta-gotas, e começam a sentir-se angustiadas. Nos intervalos longos entre as mensagens, começam a lembrar-se dos fins de tarde em que "dormiram" com eles, e em que voltaram a descobrir o prazer do sexo oral, e de se voltarem a excitar com apenas alguns beijos.

Eles que andavam loucos por elas começam a fartar-se, porque começam a achar que antes de terem "dormido" com elas, elas eram menos ansiosas, e agora estas mensagens em catadupa já chateiam, e o que não faltam por aí são umas quantas também belas e simpáticas, e se calhar descomprometidas...

Assim entre um "dormida" e outra, elas rapidamente passam de desejadas a desejosas. E assim acabam por adormecer a pensar no fim precoce que essas "dormidas" tiverem, e acabam também por perceber que se pode viver um outro tipo de vida, e que se pode repetir o fracasso das "dormidas" até estas serem um sucesso.

Passado umas horas eles - os maridos - regressam a casa das noitadas com os amigos, sentem-se felizes, e voltam a desejar a mulher que ali têm ao lado a dormir.

É bonito o amor... Parece um carrossel...

sexta-feira, novembro 21, 2008

Ciúme

A dada altura todos os meios são válidos para alcançarmos um fim... o da nossa relação. É por isso que os ciúmes me envergonham, porque a agonia dos ciúmes surpreende muita boa gente.

Há quem use preservativo e seja apanhado na mesma. Há quem use óculos e deixe de ver. E há quem seja inteligente, e mesmo assim vá à bruxa.

Os ciúmes acabam sempre por ter a ver com a intensidade da paixão. Ou com a segurança que a outra pessoa nos dá. Ou ainda com a que temos em nós mesmos...
Ninguém sai ileso, embora haja quem se saiba comportar melhor.

Eu confesso que se estiver apaixonada sou ciumenta... saudavelmente ciumenta... Que é sentir aquela dorzinha na barriga sempre que alguma gaja deixa cair qualquer coisa ao chão só para ter que apanhar de rabo espetado para o meu mais-que-tudo. E olhem que a barriga já me doeu muitas vezes, por isso sei do que falo.

O ciúme cego, que não é saudável, só se começa a manifestar em nós quando começamos a fazer coisas que nunca nos veríamos a fazer, tais como espreitar telemóveis, remexer em bolsos, apanhar olhares que na nossa cabeça só podem ser para ele, vasculhar-lhe as coisas, ou cheirá-lo e achar que ele cheira a sexo (que não o nosso). E tudo isto é feio.

Suspeito que os homens não confessam os seus ciúmes com medo que a voz lhes falhe. Já nós mulheres, é só garganta, por isso sai-nos tudo em discurso descoordenado para desfazer o nó que a dúvida emaranhou.

Nenhum homem gosta de assumir que a mulher lhe pode fazer mossa quando é cortejada por outro homem. E ela passou a dar importância ao colega que reparava nos seus pormenores, e ele acaba por asfixiar nos ciúmes que nunca teve. Acontece muito, não é?

Mas também pode acontecer o contrário. Ela nunca achou que havia razões para ter ciúmes. Era mais bonita que ele, e teimava em subestimá-lo. Um dia ele conheceu alguém como ele, e nunca mais viu beleza nela.

Desprezar os ciúmes é mau, mas tornarmo-nos desprezíveis por causa deles é capaz de ser pior. Por isso, entre homens e mulheres venha o ciúme e escolha.

domingo, julho 06, 2008

A caixinha que mudou o mundo

A caixinha que mudou o mundo, não foi a televisão, meus amigos. Foi uma caixinha espevitada de comprimidos azuis, e que diz na embalagem Viagra.
Nunca tive muito contacto com medicamentos, ainda que qualquer infância não seja infância sem brincar aos médicos. Curiosamente atraio imensa gente hipocondríaca. Será que vêem em mim a continuação dos problemas, ou a salvação?

Vamos lá a ver... não é vergonha nenhuma tomar Viagra. Pelo contrário. Felizes os que têm posses, e (à) vontade para o comprar. Para mim é que foi a primeira vez que estive com alguém que o fazia, e fiquei com uma ligeira taquicardia mesmo sem os tomar, e foram milhares as perguntas em atropelo que me surgiram na cabeça...

- Será que um homem se sente ofendido se uma mulher em pleno acto gritar... Viagraaaaaa? Será traição?
- Uma mulher deve oferecer-se para ir buscar os comprimidos com um copinho de água, ou devemos ignorar que ele os toma, para não o ofender?
- E andar com uma caixinha suplente na carteira será de mau tom?

Que fique bem claro que sou capaz de gostar de um homem que tome Viagra, porque isso apenas significará que ele é capaz de fazer das suas fraquezas o seu forte.

segunda-feira, março 17, 2008

Coragem

Não sou amarga, por mais que me contrariem o coração. Sou apreciadora de homens com sensibilidade, e com bom senso, embora normalmente o bom senso seja muito relativo...
Desde muito nova que me apaixono com facilidade, por isso decidi trocar o termo "paixão" por "fascínio", porque me fascino com tudo o que as pessoas têm para me mostrar, e com tudo o que lhes posso conquistar. Gosto desta luta, que por vezes se assemelha à improbabilidade de encontrar uma casa de banho limpa num festival de Verão.

Uma desta noites sentados na mesa de um bar, e com a vista mais bonita com que poderia sonhar como pano de fundo, ele por quem me sentia apaixonada, disse-me:
"É estranho, mas eu nunca me senti tão à vontade a falar com ninguém como contigo"
E eu perguntei: "E isso é bom, ou mau?"
Ele respondeu-me: "É assustador"
Depois dele me dizer isto a música do bar parou, e os empregados limparam os últimos copos. Então eu quase a cambalear levantei-me, fui até ao balcão, e ajudada por tudo o que tinha bebido e ouvido, dirigi-me ao barman e disse-lhe:
"Eu percebo que queiram todos ir para casa descansar, mas não parem a música, para não me pararem este momento"
Voltei à mesa dos copos vazios, de todas as palavras que ele ainda não me tinha dito, e de todas as confissões, e voltamos a ouvir a banda sonora da noite, que por acaso era péssima devo dizer, mas o que quer que fosse teria soado bem naquela noite.
Saímos do bar directos para o carro, de mão dada, e unidos pela paixão. Ele deixou-me em casa e fui dormir. Nunca mais estive com ele...!!!

Vejo-o muitas vezes, ele sorri-me a medo, e eu procuro nem olhar para ele. Quando estou acompanhada, ele arrisca em vir dar-me um beijo, porque sabe que assim não corre o perigo de eu o questionar. Vem com o seu ar "politicamente correcto" e pergunta-me: "Estás boa?". Depois afasta-se confiante, e com a sensação de ter cumprido o seu papel.
Deve pensar que eu acho que ele até é um gajo porreiro... e até acho, só que para mim um gajo porreiro é uma coisinha insuficiente, porque na minha avaliação, seja de uma queca, ou de um amor, a positiva só começa a partir da coragem.

Não percebo como ele pode ter sido tão cobarde, e há de certeza quem ache que eu deveria vingar-me dele, enxovalhá-lo, ou desprezá-lo num momento "politicamente correcto", mas eu nunca lhe faria uma coisa dessas, porque a vingança é uma motivação muito perigosa, por isso prefiro sorrir, sabendo que um dia ele vai lembrar-se de mim quando precisar de coragem.
A coragem só podia ser mesmo uma palavra feminina...

domingo, janeiro 06, 2008

"a night to remember"

Gosto de utilizar "my own words", mas às vezes há músicas que falam por mim, e em que sinto que não lhes preciso de acrescentar nem mais uma palavra...
É o caso desta música... "Let's make a night to remember".
A minha noite de Passagem de Ano foi inesquecível, e espero que todos vocês também tenham conseguido fazer da vossa noite "a night to remember", e que a consigam prolongar ao longo de todo o ano de 2008.



Eu gosto do teu jeito esta noite, com o teu cabelo solto pela altura dos teus ombros.
Eu gosto do teu jeito de dançar aquele doce tango lento... o jeito como queres fazer tudo, excepto falar.
E como me encaras com esses olhos de "tira a minha roupa"...
E a tua respiração no meu corpo, deixa-me quente por dentro

Vamos fazer amor, vamos fazer algo incrível, vamos fazer algo sem parar.
Porque eu nunca toquei alguém do jeito que toco o teu corpo.
Agora eu nunca mais te irei deixar ir embora.

Vamos fazer uma noite, inesquecível, de Janeiro até Dezembro.
Vamos fazer amor para nos animar, uma lembrança para nos inflamar.
Vamos fazer mel... macio e delicado.
Vamos fazer açúcar... doce redenção.
Vamos fazer uma noite inesquecível para a vida inteira.

Eu gosto do jeito que tens de te mover esta noite. Gotas de suor a escorrer da tua pele. Eu deitado aqui, e tu deitada aí, e as nossas sombras na parede, e as nossas mãos em todo o lugar.

Eu penso em ti o tempo todo.
Será que não vês como que me deixas louco?
Bom, eu nunca mais me vou segurar outra vez.
Eu não quero que esta noite termine, porque eu nunca toquei alguém do jeito que toco o teu corpo.
Agora eu nunca mais te irei deixar ir embora.

terça-feira, novembro 06, 2007

Ficar por cima

Tenho um grupo de amigas, com as quais costumo jantar uma vez por semana em que quase falamos tanto quanto bebemos. À quarta caipirinha já a conversa ronda o sexo...
Desta última vez dizia-lhes que quando não estou apaixonada por ninguém, costumo gostar de vários gajos ao mesmo tempo, com os quais brinco ao gato e ao rato, sempre que se aproximam de mim. Durmo com um ou outro que vagamente me interessa, até me cansar deles, e que na verdade não tenho pena de ter o coração fechado, porque é muito mais fácil viver assim. De vez em quando abro um pequeno compartimento e alguém entra, mas a verdade é que não fica muito tempo, e ultimamente tenho sofrido na pele a fuga de muitos deles.

Falava-lhes destas minhas dúvidas quanto às razões de fuga de tantos homens, quando uma delas me interrompe para dizer que se calhar o meu problema era o mesmo que o dela... que era o facto de no sexo ela gostar sempre de ficar por cima, e eu baralhada com a falta de novidade, respondo-lhe:
- Sim, é verdade que eu também gosto, e...?
Ela responde-me que normalmente os homens acham que as mulheres que gostam muito de ficar por cima são umas malucas, que não servem para casar, nem para mães dos filhos deles.

Fiquei a achar que tinha encontrado ali a resposta para alguns abandonos súbitos que tenho sentido nos últimos tempos, mas independentemente de ser ou não essa a razão, tenho que admitir que há mulheres que vieram ao mundo, não para serem mães dos filhos de ninguém, mas apenas para receber e dar prazer aos homens, e eu tenho que admitir que me enquadro e revejo dentro deste grupo, mas também concluí que não há nada como nos aceitarmos como somos, porque não deve haver nada que faça alguém mais infeliz do que querer parecer aquilo que não é.

segunda-feira, julho 23, 2007

A vida serve para foder, amar, e morrer...

Passamos a vida a tropeçar em desencontros, em chegar tarde de mais ao que queremos viver. Por isso é que vivo tudo o que me dá na real gana. Estes últimos anos foram prodigiosos, sinto que rejuvenesci... sim, porque o sexo renova.
A quantidade de flirts, noites com Harmony, e outras menos harmoniosas que passei, fazem-me saber bem o que quero... quero continuar a viver de uma forma despreconceituosa. A opinião dos outros sobre a minha vida é pouco relevante.
É bom saber que vou sempre a tempo de viver o que quero, porque o coração nunca se deve adiar.

terça-feira, maio 15, 2007

Ser Mãe

O dia da Mãe já foi há uns dias, mas desde esse dia que este pensamento não me sai da cabeça...
Eu nunca quis ser mãe, mas ainda assim tenho uma vontade inesgotável de dar amor aos meus amigos, e deve ser por isso que todos eles acham que eu daria uma boa mãe... eu também acho, mas não quero...
Nunca tive essa vontade, e não a vou contrariar. Vivo feliz os meus dias de liberdade, de prazer, e de amor.
Sempre me senti feliz por nunca ter pensado em filhos, e ainda hoje continuo firme na minha certeza, mas a verdade é que esta minha convicção não me livra de uma tragédia... a tragédia seria ficar grávida sem querer.
Há uns tempos atrás corri o risco estúpido de engravidar. Tinha todos os sintomas, e um pai para a criança de que me orgulharia. Se a gravidez se tivesse confirmado, a minha vida não seria a coisa boa que é.
Na minha idade, e com dinheiro e inteligência suficiente para criar uma criança, eu não faria um aborto, mas também não gostaria de ser mãe, por não ser essa a minha opção de vida.
E se a natureza me fintasse e fizesse de mim mãe à força?

terça-feira, janeiro 16, 2007

O meu peito

O meu peito está entre o "satisfaz mais" e o "satisfaz bastante". Um belo peito descobre-se com o tempo, mas há quem já não perca muito tempo a apalpar as mulheres. Talvez os decotes tenham sido destronados pelos tops da barriguinha à mostra.
Será então que o silicone já passou de moda?
Eu diria que não, que o silicone é tão útil como o puré de batata de pacote, ou seja, há bocas que comem tudo e não percebem a diferença.
Eu pessoalmente gosto muito de receber elogios ao meu decote... aprecio-os. É verdade que por esta altura, por ser Inverno, sofro sempre um bocadinho, por não poder usar tanto os decotes como gostaria.
A verdade é que eu gosto de decotes, e de evitar os soutiens... o meu maior prazer é evidentemente não usá-los. Coisa que faço sempre que posso. Apesar de, como já vos disse, me dar a ideia de que hoje em dia já não se liga tanto a um bom par de mamas.
E o tamanho das mamas será que conta?
Eu tenho a ideia que a importância do tamanho é relativa, porque tenho amigas, que tendo-as pequenas, as aproveitam muito bem. O frio, como sabem, é bom amigo das maminhas, porque as torna arrebitadas, e mais bonitas. Mas não abusem, porque apanhar uma constipação acaba sempre por dar cabo de tudo.

terça-feira, novembro 14, 2006

Infidelidade

Pensando que ainda tenho metade da vida para viver, não sei se é mais fácil sobreviver no amor, ou viver no desamor. A verdade é que já experimentei ambas as situações. Considero-me uma mulher vivida e sofrida, até infiel já fui algumas vezes... poucas...
Será que me deveria arrepender de o ter sido?
Não, não arrependo, porque para mim a infidelidade foi sempre um estado de transição. Uma resposta aos impulsos do corpo, e um desafio à minha consciência.
Para mim, ser infiel é um sinal de alerta, é como quando bebemos muito e o fígado manda para o exterior sinais de descontentamento.
O que eu não sei mesmo, e me pergunto muitas vezes, é se alguma vez fui enganada. Não sei se alguma vez alguém que amei dormiu com alguém que não fosse eu.
Se é importante?
Nada... nadinha...
Quanto a mim posso dizer que já tive sexo com outras pessoas antes de descobrir que já não estava apaixonada pela pessoa com quem mantinha uma relação. Era um sinal... e foi...
Quando era mais nova, lembro-me de que sabia que estava apaixonada, por não desejar mais ninguém, por não ver mais ninguém que não fosse o "meu" Amor. Às vezes parecia que tinha aversão ao mundo, porque só desejava a pessoa que estava comigo. Entretanto tudo isso mudou... cresci, alarguei os horizontes, e tornei-me disponível.
Em primeiro lugar para amar, mas também para sofrer por amor.
Diria que talvez na minha idade, a minha vida seja o reflexo dos meus pecados passados. Mas como me recuso a aceitar isso, procuro estar mais atenta... vivo um período de busca acentuada, mesmo quando parece que não procuro nada... como agora.
Ao ter começado a namorar muito nova, aumentei as probabilidades de vir a ser infiel... e fui. E como dizer que não voltarei a ser, se estou disponível para amar?
Continuo sem saber se já alguma vez fui enganada, mas já fui abandonada, e a dor torna-se maior quando não sabemos porquê.
O amor é mesmo mais o meu género, mas o problema é que a paixão é mais o género da infidelidade...

quarta-feira, setembro 20, 2006

Um calor de Verão

É a nostalgia do Verão, eu sei, mas lembrei-me do calor dele, e que me apaixonei. Mas nunca pensem que vos vou conto tudo...
Até agora nunca me vi a gostar de ninguém por interesse. Gosto porque sim... às vezes é o olhar que me prende, outras vezes são as mãos bonitas, ou a voz grave das palavras, que até podem ser leves. Gosto porque sim... acontece-me gostar, gosto e pronto, gosto... quero... tenho... quando corre bem é claro.
Eu vi-o, e fascinei-me logo. Uma tarde, ele passou por mim, e disse:
"Olá! Estremeci, ou foi a terra?"
Lindo, era lindo, tudo nele parecia perfeito.
Eu tinha prometido a mim mesma não voltar a envolver-me com rapazes abaixo dos trinta... mas agora rendi-me de novo aos mais novos. Não nos conhecíamos antes, e nunca mais nos voltaremos a conhecer. Foi um calor de Verão, que morre na praia, mas que incendeia o espírito, mesmo que não se queira.
Metemos conversa num bar, dançamos, beijámo-nos, e acabamos cansados de tanto prazer. Acho que até poderíamos acabar casados... mas para quê interromper o prazer?
Ele foi-se embora quando o sol já rompia o céu, e eu dormi sobre o assunto...

quarta-feira, junho 21, 2006

Estar perto

Estar perto é uma expressão que eu gosto de saborear.
Estar perto é saber que vai acontecer, está quase, está prestes, vai ser.
Gosto de dizer aos meus namorados "estou perto", para eles se aproximarem ainda mais de mim nesse momento.
Sentir-me perto é também rondar o amor.
Fazer-lhe o cerco, e às vezes sentir-me aprisionada, mesmo que o momento não se repita.
Quantos de vocês estão perto da pessoa com quem partilham a intimidade?

quarta-feira, maio 10, 2006

Sou feliz assim... e ele também...

Gosto de observar os homens casados. Gosto de os ouvir bater com a aliança na mesa enquanto me ouvem... enquanto os ouço.
Gosto de homens que não são casados comigo, e a quem nunca terei que dizer - "Ou ela, ou eu!".
Gosto também de lhes tirar a aliança com a boca... isto é na parte em que já não estamos a conversar à mesa...
Muita gente que conheço ainda se indigna com a hipótese de um homem casado se apaixonar. Como se o casamento os tivesse que castrar. Como se os filhos lhes roubassem o direito à paixão. Eu, sou de um tempo que ainda está para vir, porque vivo sem condenação, nem penitência.
Se digo que alguém casado é bonito, ouço logo - "Olha que ele é casado".
E eu respondo - "E depois? Não tem direito de ser feliz?".
Nunca vi na cobiça alheia um afrodisíaco. O que for das outras, será delas enquanto lhes for possível. Já sobrevivi à partilha de intimidade roubada, e dói, evidentemente, mas há pessoas neste mundo para nos mostrar o fracasso da nossa relação.
Se o meu "homem" passou a ser o "homem" da minha amiga, é porque alguma coisa não estava bem, não me interessa verdadeiramente saber quem assediou quem, porque é sinal de que os dois precisavam um do outro.

Eu conheci-o no trabalho, e ele até era um rapaz simpático e atento... e nós sabemos que a atenção está para o amor como a curiosidade para a inteligência, mas nunca a desenvolvemos...
Reencontrámo-nos anos depois, ele casado... eu sozinha. Ele quase feliz com a vida que tinha... eu quase feliz com a independência que era só minha.
Um dia, à mesa, com o brilho do "ouro" no dedo quase a cegar-me, perguntou-me se eu tinha alguém. Eu disse que não, e corei... sabe-se lá porquê!!!
Ele não sabia com quantas pessoas eu "durmo"... e eu não sabia quantas vezes ele tinha sexo. Mas sei que gosta... e eu também gosto...
Aos trinta anos, descobri esta forma invulgar de amor... sem posse, nem desconfiança. Sem hipóteses de nos trairmos, porque já vivemos na traição.
- "E o sexo?" - alguém me perguntou.
O sexo é bom cada vez que é nosso. É suave, quando em nós há uma vulnerabilidade acumulada (há quem lhe chame saudade), e ficamos neste espaço apertado, que é o meu sofá, a mexermo-nos tão devagarinho, comandados pelo calor, e pelo ardor do encontro. Depois adormecemos meia hora, e logo a seguir, ele vai embora.
Se eu sou feliz assim, e ele também, quem nos pode condenar?

sexta-feira, março 03, 2006

O meu pijama

Odeio dormir despida. Dois minutos bastam-me depois da "união de esforços", para sentir o corpo alheio e ouvir qualquer coisa como:
- És tão macia...
Eu digo que sim, e penso:
- Agora já podes tirar o braço do meu ombro.
Evidentemente que ele está a fazer o mesmo sacrifício que eu, mas pensa duas vezes antes de se afastar, porque tem medo de parecer pouco romântico, e de dar logo a impressão (dois preservativos depois), que era apenas o sexo que o movia. Tento sempre evitar os complexos, por isso procuro manter o ambiente à média luz, para que não seja na primeira noite que se fiquem a conhecer todos os meus defeitos.
Aproveito o facto de acordar sempre a meio da noite para vestir o que estiver à mão... mas nunca as cuecas dele, nem a camisa (isso é coisa de filmes) que ele vai voltar a usar... muito menos as meias...
Normalmente quando acordo procuro o meu pijama. Uso sempre combinados (calças/camisola) discretos, de cor única, que se podem passear num jogging matinal. Muitas vezes para os enganar, salto da cama ao primeiro toque do despertador e digo já a respirar com disciplina:
- Vai uma corridinha?
Eles ainda atordoados esfregam os olhos, e não percebem que estive ali o tempo todo a dormir "equipada". Assim ficam com uma imagem de uma mulher energética, ainda que se perguntem porque é que eu não tenho um corpo mais atlético...
Pijama sim, camisa de noite imaculada nunca, ou passaria a madrugada em branco...