segunda-feira, maio 14, 2007

rebobinando


"Quando a dor atinge o seu auge, descobre-se que finalmente não dói mais, que nada nem ninguém pode magoar, que nenhuma ferida será sentida de novo.

Vislumbra-se o mundo em redor, cheio de azuis, amarelos, vermelhos, laranjas, verdes, lilases e rosas e dilui-se o preto e cinza.

Uma força superior a tudo, não nos deixará capitular. Sonhos e pesadelos são deixados nos lençóis ao acordar. Tornamo-nos guerreiros vencedores.

Alcança-se uma paz e tranquilidade, um sentimento de libertação que nos leva mais além e nos mostra uma infinidade de coisas, gente, sentimentos, que já lá estavam e nos recordam que o mais importante da vida é a própria vida e nela o maior valor somos nós.

Então, a felicidade singela como ela própria, invade-nos."

(alyia, 2006)


(perdoa-me Art mas tive uma imensa vontade de recordar e este pareceu-me o único espaço certo)

2 comentários:

Anónimo disse...

foryou,
Questiono-me se a dor sentida atinge um auge...
Não creio! Não há apogeu para a dor nem como para qualquer outro sentir ou sentimento...
Não há medida capaz de quantificar o muito e o pouco na dor... assim como, também, varia proporcionalmente à nossa faculdade de suportar o sofrimento.
Nós, humanos, somos surpreendentemente ilimitados no que concerne à nossa capacidade de sentir, aceitação, assimilação da vivência de sentimentos...
Quando penso que a dor que sinto é imensa, quando me consome vorazmente, quando me reporta a estados letárgicos de sobrevivência, de alma assaz anestesiada, quando julgo não poder mais... algo nasce dentro de mim, o tanto, o suficiente para que o meu limite se alongue mais um pouco... e suporto... sim, suporto o momento e o mais que possa advir...
Os sonhos não são largados, a esperança não esmorece e a minha ânsia de vida acresce...
Suportarei toda a dor e sua amplitude se essa for a condicionante para a minha felicidade...
Porquê?
Porque “... o mais importante da vida é a própria vida e nela o maior valor...” sou eu...

Å®t Øf £övë disse...

foryou,
Por vezes temos que nos sentir mais do que Deuses, capazes de ir mais longe do que alguma vez fomos na nossa dor. Temos que ir para além da vida, e para além da própria morte. Sentimos que temos, e que podemos conquistar vitórias. Parece que já estamos tão para lá dos nossos limites que temos que enganar a morte para chegar à glória.
Temos que ter forças para transformar a dor em prazer, a raiva em diversão, e o sangue em vitalidade, porque só assim poderemos traçar o nosso destino, e mostrar que há sempre um caminho possível para seguir.
Beijinhos.