Like a desire to live
“Há muitos, muitos séculos atrás, vivia no cume da montanha um animal chamado Zilpe. Tinha tudo que precisava: água, comida, uma soberba paisagem envolvente e uma casa enorme, belissimamente decorada.
Zilpe passava os dias sem nada fazer. Tudo surgia nas suas mãos como um passo de magia que o entediava.
...
Há muitos, muitos séculos atrás, vivia no vale da montanha um animalzito chamado Alipe. Não tinha uma perna, faltava-lhe uma mão, vivia numa toca.
Alipe passava os dias admirando enfeitiçado, a queda-livre das folhas secas com que se alimentava, enquanto ouvia atento a melodia da água corrente do rio.
...
Vilpe vivia melancólicamente, entre o cume e o vale da montanha, invejando o mágico tédio de Zilpe e cobiçando o feitiço de Alipe.
...
Nilpe apenas queria ser um deles! Não importa qual! Um qualquer! Desde que pudesse viver! No cume, no vale, ou entre o cume e o vale da montanha...”
E eu... só queria saber explicar-te...
Zilpe passava os dias sem nada fazer. Tudo surgia nas suas mãos como um passo de magia que o entediava.
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Há muitos, muitos séculos atrás, vivia no vale da montanha um animalzito chamado Alipe. Não tinha uma perna, faltava-lhe uma mão, vivia numa toca.
Alipe passava os dias admirando enfeitiçado, a queda-livre das folhas secas com que se alimentava, enquanto ouvia atento a melodia da água corrente do rio.
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Vilpe vivia melancólicamente, entre o cume e o vale da montanha, invejando o mágico tédio de Zilpe e cobiçando o feitiço de Alipe.
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Nilpe apenas queria ser um deles! Não importa qual! Um qualquer! Desde que pudesse viver! No cume, no vale, ou entre o cume e o vale da montanha...”
E eu... só queria saber explicar-te...
3 comentários:
foryou,
Como sempre enigmática...e se tu não sabes explicar-lhe... muito menos eu saberei explicar-te...
Mas a verdade é que nem o Zilpe, nem o Alipe, nem o Vilpe, nem o Nilpe, estão satisfeitos com aquilo que são.
À semelhança de todos nós que também muitas vezes não somos aquilo que escrevemos, nem escrevemos aquilo que somos.
Somos um turbilhão de desejos, e de emoções... no fundo somos um pouco de tudo...
Um pouco de Sol, um pouco de Terra, um pouco de Vento...
E somos também solidão, medo, angústia, euforia, prazer, alegria, compaixão...
E porque não, também um pouco de cheiro, de olhar, de lágrimas, de sorriso, e de vergonha...
Sim... de vergonha de sermos aquilo que somos... vergonha de sermos felizes... cada um à sua maneira.
Beijinhos.
Engraçada esta analogia!!!
NO fundo, todos nós temos um pouco de todas estas personagens ;)
Bom fim de semana.
Bjs
Foryou,
Ao ler este texto, lembrei-me de um tema do António Variações que eu adoro: "Estou Além".
No fundo, é isso... queremos sempre estar mais "além"!
Beijinhos
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