quarta-feira, outubro 15, 2008

O síndrome da namorada do filho

Hoje a propósito do pânico manifestado por uma colega, lembrei-me de algumas frases que me parecem válidas para todos.

Não sei se as proferimos exactamente assim quando chegou o momento, mas sei que foi assim que as sentimos e... se connosco resultou... é capaz de também resultar convosco, amiga. É que afinal, no início a namorada do filho é tão difícil para a mãe, como a mãe do filho para a namorada, mas o papel de cada uma nunca se irá permutar e ambas constituem o complemento da vida dele.


Costumo chamar-lhe a síndrome da namorada do meu filho. É um fenómeno que visto à distância, me faz sorrir.


“Socorro, ele vive ao telemóvel, já não é o melhor aluno, não pára em casa e pior, aquela rapariga está afastá-lo da família, dos amigos, de tudo, é um verdadeiro monstro.”


“Sou um homem e sei muito bem o que faço. Que mania de se meterem na minha vida. Estou apaixonado, dão licença?!!!”

“Sabes, se nas aulas estiveres atento, precisarás estudar menos, sobra mais tempo para namorar e se conhecerem melhor, que tal?

Não precisas ser o melhor aluno, mas será bom garantir a entrada na universidade, não vais querer que ela entre e tu continues na escolinha. Quem sabe não entram na mesma? Era giro e ficavam mais perto!”

“Sabes, não precisas ter medo, isto não é um concurso. Ela nunca será minha mãe e tu nunca serás minha namorada. Mas a ti eu já conheço bem e amo-te incondicionalmente, a ela ainda estou a conhecer e… estou apaixonado, preciso tempo”

“Sabes, nós sentimos a tua falta e os teus amigos também. E tu tens tempo e espaço para todos, não tens?!”

“Sabes, ela ainda está insegura, como eu e como tu, tudo isto é novo para nós. Não é um ponto é só uma virgula, eu já volto quando lhe mostrar que tenho tempo e espaço para todos e eu próprio perceber isso”

“Sabes, estás a crescer muito depressa e isso assusta-me…”

“Sabes… a mim também, mas tu ajudas-me”


A era das sogras de bigode e das noras perversas está tão em desuso como as princesas angelicais e as madrastas malvadas.

2 comentários:

Å®t Øf £övë disse...

foryou,
Independentemente de estarmos a falar de sogras de bigode, noras perversas, princesas angelicais, madrastas malvadas, namoradas, ou mães... na verdade estamos sempre a falar do mesmo... mulheres. E eu imagino que há algumas coisas na vida que são especialidades das mulheres, como seja harmonizar, apaziguar, acalmar, consular, incentivar, e aconselhar.
Qualquer homem, seja ele príncipe, enteado, namorado, ou filho, precisa da coordenação amorosa das mulheres nos momentos mais complicados da sua vida. Até porque basta um abraço da namorada, da irmã, ou da mãe, para fazer reviver no coração de qualquer homem, sentimentos de esperança, tranquilidade, e amor.
Por isso, namoradas e mães entendam-se, porque o vosso namorado, e filho, não consegue viver sem a vossa harmonia.
Beijinhos.

Pedro Arunca disse...

Compreendo o dilema dos três. Mas o papel mais ingrato é o do peão, quer ir num sentido mas alguém o chama do outro. Parece bola de ping-pong. Mas numa coisa os jovens mudaram: admitem estar "apaixonados" e, quando assim é, "todo o tempo do mundo" não basta. Nessa fase crescem sem que se dê por isso, excepto quando a roupa lhes fica apertada e lá vai a "mãezinha" ao shoping comprar roupa e calçado com mais "éLLes" e números acima.
Mas inquitem-se as mamãs, com um pouco de azar, talvez eles casem antes dos quarenta -com a trigésima namorada- e só vêm jantar à 2ª com as camisas dele para passar a ferro.