Inversão de Marcha
Muitas vezes, seguimos por determinada estrada, fazemos kilometros e kilometros debaixo de chuvas torrenciais ou de um sol abrasador, fintamos curvas desconhecidas, desviamo-nos de obstáculos, aumentamos a velocidade e arriscamo-nos em manobras perigosas… tudo isto para chegarmos a determinado destino, convictos de que sabemos exactamente por onde vamos. De vez em quando, olhamos á nossa volta e estranhamos a paisagem.
“Estarei a ir bem?” – perguntamo-nos por momentos – “Será mesmo por aqui?”
Mas sem querermos admitir que depois de todos aqueles kilometros percorridos poderemos estar enganados, continuamos por ali, ignorando aquela sensação de que tudo é estranho… até que a certa altura nos deparamos com uma placa de nos indica um destino diferente, longe e completamente oposto daquele que procurávamos.
“Estava-se mesmo a ver! Porque é que eu não voltei para trás há mais tempo? Percorri tudo isto em vão…”
Mas será que existem mesmo caminhos percorridos em vão? Ou será que existe algum sentido em percorrer estradas que não nos levam onde queríamos ir? Serão apenas enganos ou nada acontece por acaso?
Gosto de acreditar que tudo tem um motivo, que nada é em vão, sem propósito. Gosto de acreditar que estes desvios que a vida nos proporciona têm uma razão de ser.
Mais que não seja para que, depois desta inversão de marcha, possa saber exactamente por onde não volto a seguir.
“Estarei a ir bem?” – perguntamo-nos por momentos – “Será mesmo por aqui?”
Mas sem querermos admitir que depois de todos aqueles kilometros percorridos poderemos estar enganados, continuamos por ali, ignorando aquela sensação de que tudo é estranho… até que a certa altura nos deparamos com uma placa de nos indica um destino diferente, longe e completamente oposto daquele que procurávamos.
“Estava-se mesmo a ver! Porque é que eu não voltei para trás há mais tempo? Percorri tudo isto em vão…”
Mas será que existem mesmo caminhos percorridos em vão? Ou será que existe algum sentido em percorrer estradas que não nos levam onde queríamos ir? Serão apenas enganos ou nada acontece por acaso?
Gosto de acreditar que tudo tem um motivo, que nada é em vão, sem propósito. Gosto de acreditar que estes desvios que a vida nos proporciona têm uma razão de ser.
Mais que não seja para que, depois desta inversão de marcha, possa saber exactamente por onde não volto a seguir.
5 comentários:
Ana:
Antes de mais um um bom dia e uma semana ainda melhor! Ao ler este teu texto senti-o no seguimento ou se quiseres como complemento do meu texto "About bunnies and missundersatndings" e gostei imenso! O teu raciocíno completou o meu! Nada é por acaso e muito menos em vão... basta estarmos atentos! A vida é um longo percurso de aprendisagem! Serei eternamente aprendiz
Ana, tenho esperança de que nada seja em vão. Porquê? Não sei! Talvez porque o contrário não faça muito sentido.
Alexandra
Ana,
Isto é algo com que todos nos confrontamos várias vezes ao longo da vida!!!
A liberdade de escolha é aterradora... essencial, mas assustadora pelas suas múltiplas encruzilhadas. Em certos momentos seria preferível não termos que ser nós a escolher. Mas... somos sempre nós que decidimos... somos sempre nós que damos o passo quer em direcção ao abismo, quer em direcção a um momento de felicidade irrepetível. Por vezes recuamos... outras paramos para respirar fundo, para nos reabastecermos, para procurarmos a bússola, mas acabamos por seguir sempre o nosso caminho, porque ninguém o pode fazer por nós.
Por isso cada vez mais acredito que o melhor é deixarmo-nos levar, porque o que tiver que ser será, e até o caminho mais sinuoso e difícil traz-nos sempre algo de bom, algo de positivo, nem que seja o simples facto de nos ajudar a crescer. E será que pode haver melhor do que isso?
O ideal seria termos sempre a certeza de encontrarmos o que procuramos no fim de cada caminho, mas na impossibilidade de termos certezas absolutas acerca disso, eu aconselho-te a seguires sempre o caminho para onde te leva a tua inclinação.
Beijinhos.
Já tive boas surpresas com os enganos e acabar por fazer deles os meus próximos destinos. Quantas vezes apetece seguir em todas as direcções menos a do regresso.
Bjs
a isso eu chamo viver
avançar, tropeçar, levantar, caminhar, escorregar, recomeçar... aprender!!
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