quinta-feira, novembro 10, 2005

A preciosa ajuda

Primeiro que tudo, sei que tenho estado tempo bastante afastado (ou quase) destas lides. Penitencio-me por isso, mas, realmente, a mudança de "ares", as tralhas, as arrumações, o novo desafio profissional, mais o trabalho diário... ufa... não têm deixado tempo para muito mais.

Estou desculpado, certo? Ainda bem. De resto, só hoje - e quando digo hoje, digo agora, há minutos (e olhem para as horas deste texto, que é um pormenor importante) - é que tive finalmente acesso à net em casa. Um transtorno tamanho como podem imaginar, em termos profissionais, nomeadamente, ter de enviar e receber notícias, comunicações, agendas, ligado a um portátil... via telemóvel (já para não falar dos custos da "coisa"...).

Estava eu, com a nova casa e escritório toda arrumadinha - quer dizer, quase, que eu, ao contrário de um célebre e já antigo spot publicitário nem sempre dobro o pijaminha - quando me vejo confrontado com um enigma: a linha adsl está instalada e activa; o fax, ligado ao filtro que vem com aquelas caixinhas funciona, envia e recebe; o modem não. Nada. Nicles.

A luz verde não para de piscar, sucedem-se telefonemas, testes, apoio técnico e tudo na mesma. Tira cabo, põe cabo, arranja cabo diferente, vai a loja, volta à loja, etc etc... Já estava a pensar em questões de radioactividade ou bruxaria (sei lá, vê-se tanta coisa) quando, a imaginar como seria mais um dia "desligado do mundo" e em permanente stress - hoje até me deixaram aceder de borla à net, por uns meros cinco minutos de absoluta necessidade, num cyber centro da vizinhança - tive uma surpresa. E das boas. E como não foi normal (nada normal) não resisto a enunciá-la aqui... já basta de tantos exemplos negativos que por aí há.

Estava em casa, quase meia-noite, a pensar em ir dormir, porque o serviço é muito, logo de manhã e a "doer" quando... toca o telemóvel! Número desconhecido, mas de Castelo Branco. Hum, quem será a estas horas, interroguei-me? Era um técnico da Portugal Telecom. E que me queria ele? Tão só, àquela hora, tardia para o comum dos mortais, ajudar-me a resolver o "bug" do acesso à net!

Imaginem que o processo, as minhas dúvidas, explanadas durante a tarde, lhe foram parar às mãos já de noite. Pois o senhor foi de uma eficiência (e repito, àquela hora) a todos os títulos notável. Basicamente,enquanto ia fazendo testes à linha, ia dando indicações para eu desligar aqui, ligar acolá, até conseguir descobrir o "bug".

Eu, que nem sou, passe a imodéstia, o que se pode chamar um "nabo" em informática, telecomunicações e afins, acedi a desligar tudo e, passo a passo, ir seguindo escrupolosamente as indicações do técnico. Conclusão: o problema não estava no equipamento fornecido pela PT, nem no meu computador, mas sim num cabo - que tive de comprar numa loja da especialidade, dado o original não ter "tamanho" suficiente para chegar da tomada ao PC - um fiozinho trocado que fazia a diferença toda.

Ou seja, em última análise, a culpa era minha, embora de cabos telefónicos - para isso é que há casas da especialidade - perceba tanto como de engenharia aero-espacial. Já passava da uma da manhã quando a luz verde do modem se fixou de vez! Voilá.

A minha casa - nomeadamente o escritório - está de "pernas para o ar" outra vez. Há cabos disto e daquilo pelo meio da sala. Mas tudo funciona. E tudo funciona graças a uma pessoa, que não conheço de lado nenhum - mas que vou conhecer, um dia destes, aliás fiz questão disso - que, em vez de estar em casa, descansado, ou de pura e simplesmente deixar para de manhã a questão (como seria normal) atendeu as preces de um desconhecido.

É em homenagem a estas pessoas (que as há, neste nosso país, em que toda a gente se queixa das grandes empresas e desta em particular) que, em seguida, vim aqui publicar este texto. Tenho de trabalhar de manhã, pois tenho, mas ele também terá. Vou dormir poucas horas, pois vou, mas ele, também vai. Fiquei de passar pela PT durante o dia, um dia destes. Sinto-me em dívida para com a disponibilidade desta pessoa. Fica aqui este meu "pedaço" de agradecimento. Ou, como é comum dizer-se por estas terras da Beira Baixa, um pouco por todo o lado, bem haja!

4 comentários:

Elsa disse...

Conhecendo-te como conheço até me admira como é que tiveste paciência para não te passares com isso de uma vez por todas !! LOLLLOLLL:...
Ou seria o desespero de ficar de novo "desligado" do mundo que te deu a paciência?
beijo de saudade, fica bem o teu novo cantinho (gélido aposto)...

Dulce Gabriel disse...

LINDOOOOOOO.Foi uma divertida praxe.Estou a brincar.Como vês,na beira há gente boa.

Visible Silence disse...

O triste é estes casos sobressairem ao ponto de merecerem uma homenagem... demonstra a incompetência a que os serviços no nosso país nos habituaram...:):)
Mas haja esperança...
Zé parece que os primeiros dias têm sido complicados... nada de anormal quando se muda de casa...
Quem sou eu para falar de ausências???? Mas a vida não são só blogs... e o tempo não dá para tudo...
Beijinhos e que a tua vida volte ao normal o mais rápidamente possível.

Å®t Øf £övë disse...

Zé,
Hoje em dia quando ficamos sem acesso à net temos a sensação de estar desligados do mundo!!!
É estranho como se fica a depender tanto de uma simples máquina.
Há pouco tempo também cheguei a casa e estava sem net. Resolvi o meu problema de uma forma ainda mais rápida e eficaz que a tua, LoL.
Atirei o modem três vezes contra a parede, ele desfez-se, logo, perdi completamente a esperança de voltar a ter net nesse dia, e assim pude ir deitar-me descansadamente sem pensar mais no assunto.
Resolvi o problema...
No dia seguinte só tive que comprar um novo modem, e tudo voltou à normalidade.
Como vez, por vezes gosto de resolver os meus problemas de uma forma radical e sem paciência para estar a falar com as assistências técnicas.
Não sei se isto será um defeito, ou uma virtude minha...
:)
Bom fds.
Abraço.