segunda-feira, novembro 03, 2008

A Alma das Letras

Começo desenfreadamente a escrever... Não sei bem porquê... A caneta ganha vida na minha mão direita, e entre os meus dedos ferve. Como a temperatura é elevada neste utensílio! Utensílio?

Sim, mas também, porta de entrada e saída da minha alma. Confidente, Amiga, sempre perto do meu peito, junto ao coração. Quantas pessoas guardamos assim junto ao nosso peito e coração?

És Tu! Amiga, com o corpo repleto de tinta, que registas o que medito e mais tarde leio. É tão bom poder usar-te, sem a minima preocupação de ouvir um único lamúrio ou queixume. De ti? Que recebo? Apenas tinta a escorrer, como sangue que corre pelas veias e brota para o exterior.

E é no exterior, que ganha forma e corpo, sobre um simples pedaço de papel. E é neste simples pedaço de papel que ambos mostramos em forma de letras...
TODA A NOSSA ALMA

3 comentários:

Pedro Arunca disse...

A minha alma escorrega pelos meus dedos, que se fundem nas teclas como janelas abertas para fora. Minha alma digital.

Que não te falte a tinta...

Abraço

Å®t Øf £övë disse...

Pp,
Escreves o que sentes, como forma de diminuíres a febre do sentir, e ao fazê-lo constróis paisagens daquilo que sentes. Saberes expressar-te através da escrita é um dom que tu tens, e escreves com entrega de corpo e alma. Espero que esse teu dom se transmita. Por isso continua a presentear-nos com toda a tua alma que colocas na ponta da caneta de onde a tinta ganha forma e se transforma em letras. Sim porque as letras não têm alma...
Abraço.

foryou disse...

É exactamente por isso que sabe tão bem escrever :)