Fazer tempo
Queixamos-nos frequentemente com a “falta de tempo” para justificar qualquer coisa que deixámos por fazer (mesmo que a tenhamos esquecido).
Na verdade, somos donos do tempo – nosso e dos outros. Podemos: acordar mais cedo ou mais tarde e não dormir; alterar a hora das refeições, comer rápido ou nem comer; fazer uma pausa no trabalho ou faltar; esquecer, cancelar ou adiar um compromisso. Vivemos condicionados por hábitos e impostas rotinas. Naturalmente, cada um de nós encontra boa ou má desculpa, para o que quer deixar para trás, e um pretexto para algo que entenda resolver. Cada qual, à sua maneira, encontra tempo para fazer o que lhe convém. Tudo depende da necessidade de; da predisposição, preparação, oportunidade e motivação para.
A pressa anda de mãos dadas com o erro e de braço dado com o stress. Não é confiável. Tudo tem o seu tempo, podendo, ou não, coincidir com o nosso. Não adianta forçar o botão de chamada do elevador – moderno, claro – que ele não chega mais rápido. O chá deve esperar pela fervura da água. O banco abre às 8h30m. O Natal, só em Dezembro. E o vermelho não é para parar mas para (já) estar parado. Conscientes ou não, a acção gera consequência.
Acordamos e temos mais um dia de trabalho à nossa espera. Tudo corre bem até ao momento que, já a meio caminho, damos pela falta do telemóvel. Apalpamos-nos de alto a baixo, três, quatro vezes e nada. Elas, verificam a mala, mexendo e remexendo em toda a artilharia cosmética e, em desespero, despejam uma cascata de "milhentas" coisas impossíveis de imaginar naquele espaço (vi uma mola da roupa!?). Se não nos roubaram, se não o perdemos e se procurámos bem, não restam dúvidas: ficou em casa. Que fazer? Decida você! Eu vou aproveitar o tempo. Hoje nem trabalho. Já me aconteceu isso, por mais que uma vez, e reagi de modos diferentes. Cheguei a fazer inversão de marcha, apanhar mais uma hora no trânsito (com o qual justificava o atraso) e ter de gerir o mesmo serviço em menos tempo ou, então, ter de prolongar o horário. E das vezes que não o fiz, recordo-me da agradável estranheza da ausência de chamadas, de maior produtividade e mais concentração nas tarefas da jornada e, ainda, do alívio da falta do “apêndice” (no fim do dia, pesava quilos no bolso do meu casaco!).
Tenho estado a fazer tempo para ver se chega a inspiração para as tintas. Obrigado pelo vosso tempo.
Na verdade, somos donos do tempo – nosso e dos outros. Podemos: acordar mais cedo ou mais tarde e não dormir; alterar a hora das refeições, comer rápido ou nem comer; fazer uma pausa no trabalho ou faltar; esquecer, cancelar ou adiar um compromisso. Vivemos condicionados por hábitos e impostas rotinas. Naturalmente, cada um de nós encontra boa ou má desculpa, para o que quer deixar para trás, e um pretexto para algo que entenda resolver. Cada qual, à sua maneira, encontra tempo para fazer o que lhe convém. Tudo depende da necessidade de; da predisposição, preparação, oportunidade e motivação para.
A pressa anda de mãos dadas com o erro e de braço dado com o stress. Não é confiável. Tudo tem o seu tempo, podendo, ou não, coincidir com o nosso. Não adianta forçar o botão de chamada do elevador – moderno, claro – que ele não chega mais rápido. O chá deve esperar pela fervura da água. O banco abre às 8h30m. O Natal, só em Dezembro. E o vermelho não é para parar mas para (já) estar parado. Conscientes ou não, a acção gera consequência.
Acordamos e temos mais um dia de trabalho à nossa espera. Tudo corre bem até ao momento que, já a meio caminho, damos pela falta do telemóvel. Apalpamos-nos de alto a baixo, três, quatro vezes e nada. Elas, verificam a mala, mexendo e remexendo em toda a artilharia cosmética e, em desespero, despejam uma cascata de "milhentas" coisas impossíveis de imaginar naquele espaço (vi uma mola da roupa!?). Se não nos roubaram, se não o perdemos e se procurámos bem, não restam dúvidas: ficou em casa. Que fazer? Decida você! Eu vou aproveitar o tempo. Hoje nem trabalho. Já me aconteceu isso, por mais que uma vez, e reagi de modos diferentes. Cheguei a fazer inversão de marcha, apanhar mais uma hora no trânsito (com o qual justificava o atraso) e ter de gerir o mesmo serviço em menos tempo ou, então, ter de prolongar o horário. E das vezes que não o fiz, recordo-me da agradável estranheza da ausência de chamadas, de maior produtividade e mais concentração nas tarefas da jornada e, ainda, do alívio da falta do “apêndice” (no fim do dia, pesava quilos no bolso do meu casaco!).
Tenho estado a fazer tempo para ver se chega a inspiração para as tintas. Obrigado pelo vosso tempo.
6 comentários:
Pedro,
E eu tenho estado a fazer tempo até que o sono venha!
Só espero que pelo adiantado da hora, não tenha depois de correr contra o tempo para chegar a horas ao emprego. É que o tempo é o que fazemos dele, é certo... mas se não conseguir ouvir o despertador, não vou conseguir fazer nada do meu!
Foi um prazer fazer tempo por aqui!
Beijinhos
(e já agora, eu não perco tempo a procurar nada na minha mala, simplesmente porque não perco tempo a meter muita coisa lá dentro!)
Pedro,
Como tu próprio disseste "A pressa anda de mãos dadas com o erro e de braço dado com o stress"... talvez por isso tenhas "aberto" o teu texto com um erro: Queixa-mos-nos
deve escrever-se: Queixamos-nos
O importante é corrigir, até porque o teu texto está com muita piada... não merece levar erros!
Espero que não me tenhas levado a mal! Se algum dia em algum dos meus Posts vires um erro agradeço-te que tb me informes para que possa de imediato corrigi-lo!
E porque o meu tempo é escasso e o telemóvel já toca vou-me indo... até ao próximo Post
Um abraço de Laura
Obrigado Laura pelo seu tempo. Erro reparado.
Grato,
Pedro
Pedro,
já me ri com o teu texto. Da´-te por feliz, porque hoje foste o único que me fez rir. lol
Se é verdade que a pressa em nada ajuda, também é verdade que, para além de sermos animais de hábitos, a nossa vida quotidiana nos leva a praticar os comportamentos mais insanos porque o stress já está devidamente assimilado.
Tens razão no que dizes, mas o que é certo é que na grande maioria das vezes nem pensamos, simplesmente agimos em função do estímulo.
O texto, para além de engraçado pela caricatura, dá-nos a perspectiva daquilo que nos coloca em níveis de ansiedade extrema quando, afinal, nem era preciso. Bastava pensar duas vezes e agir de modo racional.
Penso que é uma aprendizagem que ainda temos que fazer.
Bj.
Alexandra
o tempo, a falta de tempo, a pressa do tempo, a espera do tempo... ui o tempo...
às vezes, Pedro, há mesmo quem tenha falta de tempo ou tenha de correr contra o tempo...
e mesmo assim, gostei muito deste teu texto
*desculpa Pedro e Laura mas é "queixamo-nos" e também acho que o texto está tão bom que não merece erros
Pedro,
Se há algo democraticamente distribuído nesta vida é o tempo, porque todos temos exactamente 24 horas por dia. O que já não acontece em muitas outras coisas, como por exemplo a inteligência... uns têm mais do que outros...
Eu partilho da máxima de que quem tem tempo não é quem não faz nada, mas sim quem o consegue gerir de forma a fazer aquilo que quer, porque quem o sabe gerir melhor não é quem controla o tempo que dedica a cada coisa, mas sim quem consegue definir as suas prioridades. Até porque na nossa vida nunca iremos ter tempo para fazermos tudo o que desejamos. Nós não somos donos de todo o nosso tempo, porque não temos em relação a ele toda a autonomia que gostaríamos de ter. O tempo é por estes dias o recurso mais escasso das nossas vidas.
Portanto Pedro, Laura, e foryou, deixem de se queixar, e tratem de ocupar de forma inteligente e racional o vosso precioso tempo... eh eh eh...
Beijinhos e abraços.
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