Saudades
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Um dia os nossos filhos verão aquelas fotos e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos que eram nossos amigos e isso vai doer tanto... Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos da minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar e ouvir aquelas vozes novamente... de fazer promessas, de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante. Por fim cada um vai para seu lado para continuar a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo... por isso fica aqui um pedido desta vossa humilde amiga: "Não deixem que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades".
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que morressem todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos.
2 comentários:
Lis,
Ter saudades, ter recordações, é sinónimo de que se viveu, que se sentiu e foi tão bom e nos fez tão bem, que nos causa, no presente, uma vontade imensa de reviver, momentos e sentimentos.
Quem nunca viveu ou partilhou esses sentimentos no passado, como é óbvio, hoje vive certamente mais na melancolia, mais mergulhado na nostalgia acrescida de ter consciência de nunca ter tido a oportunidade de sentir/viver e consequentemente nem saudades, nem memórias ter hoje…
As verdadeiras amizades continuam para sempre, creio que assim seja… mas naturalmente e porque a vida está em constante mutação e assim obriga, a maioria das vezes os rumos tomados são forçosamente divergentes… as pessoas afastam-se mas não se esquecem!
Os elos de ligação serão mantidos mas de formas diferentes… as possíveis talvez!
Então, a saudade surge! Por vezes até, associada, uma inconsciente revolta, porque nos sentimos impotentes, não podemos voltar atrás no tempo, não nos é permitida uma segunda vivência dum mesmo tempo…
Como diria um querido familiar que já não está entre nós:
“É a vida… é o mundo em marcha…”!
Ternos beijos.
Lis,
Ter bons amigos é um dos maiores prazeres da vida. Contudo, ser bom amigo é um dos mais difíceis compromissos. Nos nossos dias parece que é cada vez mais difícil.
Crescemos ao lado de alguém, convivemos, tornamo-nos amigos inseparáveis... mas um dia, por motivos profissionais, familiares ou financeiros, vamos para outras paragens, e ficamos muito mais distantes dos amigos.
Os anos vão passando, as tarefas vão-se multiplicando, a vida vai-nos envolvendo com tantas coisas, e o tempo vai-se tornando sempre mais curto para os amigos... que estão sempre tão distantes.
Por isso, é que eu costumo ter sempre isso em atenção, para não perder de vista aqueles que eu considero de verdadeiros amigos, e que na realidade são muito poucos.
Marco encontros, e a frequência com que faço isso depende sempre da distância a que me encontro deles, mas procuro com que não se passem mais de três meses sem estar pessoalmente com eles. Depois ainda tenho o telemóvel que também me vai permitindo manter um contacto mais frequente. Procuro também usar a tecnologia, embora cada vez me vá apercebendo mais que há demasiada gente que anda por aqui, e que não gosta de dar a cara, e de se assumir.
Eu procuro sempre manter as linhas de comunicação abertas.
A única forma que eu tenho, e conheço, para conservar uma amizade, é sendo amigo também.
Beijinhos.
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