segunda-feira, novembro 06, 2006

Linguagem do amor

Encaro cada sensação que me proporcionas
Como uma linguagem nova nunca antes estudada...
Movimentos e sons, cheiros e electricidade nos teus dedos...
Tudo percorre o meu corpo de ponta a ponta.

Não consigo fechar os olhos
Vendo-te... aprendo...
Com o meu corpo... ensino-te...

O meu peito ofegante marca o ritmo do desejo que me invade...
No compasso das sílabas da linguagem da nossa paixão...
Eu traduzo que me queres... que gostas do meu gosto...
Que precisas das minhas mãos... que precisas de mim.
Nos meus olhos... lês que te desejo em mim...
Finalmente...
Começamos a respirar em conjunto...
Esquecemos a pontuação...
E sem reticências...
Juntos escrevemos a palavra... fim...

As palavras desta linguagem... nós repetimo-las...
Sussurrando... gritando...
Só nós as sabemos...
Só nós as dizemos de forma tão profunda...
Só nós a conversamos assim...

É esta a linguagem...
Que juntos...
Criámos...
Aprendemos...
Que... um com o outro... falámos...

1 comentário:

Å®t Øf £övë disse...

Visible,
A linguagem do amor... dizer o quê???
.......[silêncio]........

Para mim a linguagem do amor é privada, silenciosa, e universal. Julgo que não há uma palavra específica para ilustrar o amor, uma vez que o amor se sente. Reflecte-se no olhar... um olhar diz tudo... esconde-se num sorriso, numa mão que afaga o cabelo, nas pernas que se enroscam, no contacto da pele que nos faz transpirar e percorre o corpo todo, na respiração que acelera, e no coração que fica a bater mais forte.
Quando se sente as vibrações, se está em profunda harmonia, e em completa sincronia, aparece o silêncio, não é necessário conversar, fica-se calado. Quando se está assim e se pega na mão de quem amamos, é bom ficar em completo silêncio, porque através das vibrações conseguimos transmitir a nossa mensagem, e o que estamos a sentir naquele momento... é uma mensagem sem palavras.
As palavras que não falamos tornam-se desnecessárias, porque se comunica com o coração... é assim a linguagem do amor... com ela entendemos até a dor... esta verdadeira harmonia não precisa de diálogos, porque basta deixarmos falar o coração, para que nunca sejam monólogos.


Gostei de te voltar a encontrar por aqui. Espero poder ver-te cá mais vezes. Não é preciso estares sempre em silêncio a falar a linguagem do amor.

:)

Beijinhos.