Eu me confesso...
Tenho uma enorme lacuna... Eu não gosto de poesia, não sou um apreciador fácil de poesia. Gosto de algumas coisas, gosto daquelas que me tocam, e que leio ao acaso. São umas coisas [daqui], outras [dali], e não tem a ver com estilos. É que o meu sentido artístico no que diz respeito à poesia não é nada apurado... é um problema...
Mas de vez em quando encontro poemas e autores que se entranham em mim, e ficam para sempre... e ocasionalmente transpiram para fora...
Basicamente, sei o que me toca e o que não me toca...
Mas de vez em quando encontro poemas e autores que se entranham em mim, e ficam para sempre... e ocasionalmente transpiram para fora...
Basicamente, sei o que me toca e o que não me toca...
Eu vou estar sempre aqui.
E tu sabes onde,
sabes onde me encontrar.
Eu não fugi, eu permaneço.
Deixo adormecer-me sem ti,
porque tenho que dormir.
Fico onde estou, porque
sei que virás um dia.
Não quero que me percas de novo.
Por isso fico. E espero.
Calmamente.
Como se fosse inevitável,
cruzarmo-nos de novo.
E vou ser tua, vou possuir-te.
vou poder amar-te, só mais uma vez.
Relembrar, recomeçar, reviver.
E ficarmos os dois, assim,
como um só, numa nuvem
que se evapora e, não volta.
Ventania de Sílabas - Setembro de 2008
Paula Raposo tem editados dois excelentes livros de poesia: "Canela e Erva Doce" e "Golpe de Asa".
Eu sigo atentamente tudo o que ela publica nos seus diversos blogues há pelo menos uns três anos. Se puderem "espreitem" os seus espaços, porque como a Paula Raposo diz, por lá vão encontrar "um turbilhão de sentimentos... uma tempestade..."
Eu sigo atentamente tudo o que ela publica nos seus diversos blogues há pelo menos uns três anos. Se puderem "espreitem" os seus espaços, porque como a Paula Raposo diz, por lá vão encontrar "um turbilhão de sentimentos... uma tempestade..."
Desenho de António F. Santos
4 comentários:
Art, para te confessares acerca deste assunto, então tds teremos que nos confessar.
A poesia é uma arte, como tal nem toda nos pode tocar.
Todavia, considero que por vezes estamos mais sensíveis a ela. Depois... nem todos os poetas nos "tocam", assim como nem todos os poemas. Depende de tanta coisa...
Continua como és que estás bem assim. ;)
ps: Já me deste mais um caminho para percorrer. Obrigado!
Alexandra
eu, que também não sou apreciadora de poesia (reconheço as minhas limitações de entendimento) e muito menos conhecedora, embora leia alguma desde miúda (força de ouvir meu pai ler os lusiadas para me adormecer em pequena, mas isso é outra historia), só consigo gostar daquela que me faz sentir. pode não ser a melhor mas eu tenho de sentir (nem sei bem o quê).
obrigada pela referência que se vem de ti não vou desperdiçar
A Paula Raposo não sendo membro deste espaço, viu-se impedida de deixar aqui o seu comentário. Fê-lo através de email, e sendo justo com ela, gostaria de tornar públicas as suas palavras:
Paula Raposo disse...
Olá!
Não pude lá deixar o meu comentário que basicamente é ter ficado sem palavras perante o teu gesto!
Já me segues há mais de 3 anos...fará 4 em Agosto.
E eu espero que te consiga sempre entranhar...
Escolheste um poema de que gosto muito, muito...(às vezes gosto mais de uns do que outros).
Não sei que diga mais. Foi o gesto mais lindo e carinhoso dos últimos tempos.
Muito obrigada!!
Muitos beijos, Art!
Paula
Art,
Eu gosto deste poema porque gosto...
Gosto deste poema porque sim...
E também sou capaz de apostar...
Porque gostas dele tanto assim...
Beijo
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